Entrevistas de JoaQuim Gouveia

29
Out 13

 

“O CONCEITO DE FAMÍLIA ESTÁ A SER VANDALIZADO”

 

O Dr. José Paulo Pereira é um reconhecido osteopata nascido no bairro de Tróino, em Setúbal e companheiro na infância de filhos de pescadores com os quais brincou e cresceu. Setúbal foi mesmo o seu primeiro amor e na Marinha, teve o seu primeiro emprego. Para si o mundo é uma empresa dirigida por pessoas destruidoras de sonhos e o conceito de família está a ser vandalizado. É um homem de fé, crente em Deus e acredita que não há forma para resolver a crise que é despoletada para sustentar determinados sistemas. O seu destino de eleição é o Cambodja, o seu livro a Bíblia e o seu prato Tofú à Zé do Pipo

 

 

Como foi a sua infância?

Nasci no Hospital de Setúbal e vivi no Bairro de Tróino, na avenida Luísa Todi, perto das antigas fábricas do peixe. Convivi com pescadores e muitos amigos com quem brinquei bastante. Andei na escola primária da Reboreda. Era um aluno razoável.

 

O primeiro amor…

Setúbal

 

E o primeiro emprego…

Foi na Marinha, como voluntário aos 17 anos. O primeiro ordenado foi de dois mil e duzentos escudos

Como é a sua casa? Como a define?

É um local calmo de recolhimento. É o meu refúgio para o descanso, onde recebo a família e os amigos. É um mundo à parte das desgraças que acontecem aí fora

 

O que pensa do mundo?

O mundo transformou-se numa empresa para servir meia dúzia de pessoas destruidoras de sonhos. Neste momento estamos a assistir a uma verdadeira escravatura dos tempos modernos. O conceito de família está a ser completamente vandalizado com novos conceitos. Conceito da libertinagem, da falta de princípios, da falta de camaradagem e do conceito família com pai mãe e filhos. Estamos a caminhar para mundo completamente anárquico, no que diz respeito aos pilares fundamentais da nossa sociedade que são a família, onde se estão a perder os princípios e os valores que fundamentam a nossa sociedade.

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Sim. Eu ainda não fiz tudo mas, o que fiz dá-me um grau de realização humana e profissional bastante aceitável.

 

Como se resolve a crise?

Não há fórmula para a resolver porque as crises são despoletadas para sustentar determinados sistemas. As crises são dinâmicas. O mundo é das empresas e as crises a elas estão associadas. As crises, como disse, são despoletadas pelas empresas quando têm necessidade de se fixar nalgum local com novas condições, geralmente, piores para a população. As empresas chegam aos países oferecendo condições precárias, normalmente aceites pela gritante falta de trabalho e salários. Quando os salários e as condições de vida das pessoas chegam a um determinado patamar as empresas vão embora deixando atrás um rasto de miséria indo à procura de outras paragens onde possam aproveitar as fragilidades das populações locais com o objetivo principal da exploração.

 

Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Tenho a convicção plena de que foi Deus, quem criou o Homem. Há coisas que não se explicam vivem-se. Por muito boas que sejam as sardinhas e eu lhe tente explica o sabor, só vai saber se são boas ou se a experiência em comer é fabulosa se as provar. Mesmo assim depende como são assadas, servidas e depende também da qualidade do acompanhamento. A Palavra é só uma e verdadeira, a forma como é transmitida é que pode ser variada e deturpada e isso faz com que tenhamos algumas reticências em acreditar que existe um Deus que nos criou.

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Há sempre coisas que mudaria. Utilizo o passado para não cometer erros no futuro e não para me martirizar

 

 Que faz no presente e que projectos para o futuro?

Sou licenciado em osteopatia e tenho formação em naturopatia. Sou proprietário de duas lojas “Celeiro do Campo”, uma das quais em Setúbal , que para além de vender produtos naturais tem um restaurante vegetariano. Neste momento sou, também, presidente da Federação Portuguesa de Osteopatas, presidente da Associação Colegial de Osteopatas,  director do Instituto Novas Terapêuticas, da Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches Universidade Lusófona, director do Departamento das Terapias não Convencionais da Universidade Lusófona do Porto e Diretor Clínico da Unidade de Medicina Não Convencional da Clínica São João de Deus do Grupo São João de Deus Saúde. No futuro quero implementar todos os cursos de terapêuticas não convencionais dentro do grupo Lusófona em Portugal e nos países de língua portuguesa onde a universidade está implantada. Quero ainda desenvolver o centro de Investigação e um Centro de Estágio na Clínica S. João de Deus que já se encontra numa fase avançada de implementação. Tenho desenvolvido, por outro lado, trabalho de regulamentação nesta área da saúde, em Portugal e na Europa onde integro algumas organizações profissionais europeias.

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino

Cambodja

 

Um livro

A Bíblia

 

Uma música

Fado

 

Um ídolo

 

 

publicado por Joaquim Gouveia às 22:56

28
Out 13

 

“TEMOS QUE INVENTAR UM NOVO MUNDO”

 

Rogério Almeida é presidente da direção da Sociedade Filarmónica “Os Loureiros”, de Palmela, vila onde nasceu, cresceu e viveu até aos dias de hoje conforme faz questão de sublinhar. Recorda os tempos de infãncia em que brincava com inteira segurança nas ruas que o viram crescer. Tem a sensação que o mundo está todo trocada e tem que dar uma grande volta. Não tem soluções para a crise mas gostava de ter uma varinha mágica. Para si foi Deus quem criou o Homem, apesar de admitir que possa existir ainda muito por explicar nessa matéria

 

Como foi a sua infância?

Sou nascido criado e vivido em Palmela, até aos dias de hoje. A minha infância foi igual à de tantos outros numa altura em que se brincava nas ruas com inteira segurança. As brincadeiras eram as do costume, o berlinde, o pião, o ferro, etc.. Foi uma infância bastante feliz

 

O primeiro amor…

Não vou revelar. É um assunto que fica para mim. Mas o único amor da minha vida é a minha mulher. E se tivesse que voltar a casar com ela não hesitaria

 

E o primeiro emprego…

Na Magnetics (antiga Control data). Na altura já ganhava muito bem

Como é a sua casa? Como a define?

É o ponto de reunião com a minha família. É um espaço privilegiado. Tem uma decoração tradicional. É bastante confortável

 

O que pensa do mundo?

Tem que dar uma grande volta para voltar (passe a redundância) ao seu normal. Tenho a sensação de que está tudo trocado. Precisamos de segurança e de tranquilidade

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Sim. Claro que há sempre muito por fazer mas, no essencial, penso que realizei muitos dos objectivos a que me propus

 

Como se resolve a crise?

Não sei. Hoje todas as previsões são falíveis. Temos que inventar um novo mundo e uma nova forma de viver. Hoje sobrevive-se. Gostava de ter uma varinha mágica, mas na realidade não tenho soluções para a crise

 

Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Sou católico. Acredito que Deus existe. Logo foi Deus quem criou o Homem e o mundo, embora muito possa estar ainda por explicar.

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Acho que não mudaria nada. No essencial não há nada para mudar embora pudesse haver algumas correções para melhorar o que está feito

 

Que faz no presente e que projectos para o futuro?

Sou presidente da direção da Sociedade Filarmónica Palmelense “Os Loureiros” e trabalho no Crédito Agrícola. No futuro pretendo manter-me em atividade e, sobretudo, continuar a contribuir para o engrandecimento do movimento associativo em Palmela

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino

Jerusalém

 

Um livro

Anjo branco (José Rodrigues dos Santos)

 

Uma música

We are de champions (Queen)

 

Um ídolo

Não tenho

 

Um prato

Leitão da Bairrada

 

Um conceito

Fazer o bem sem olhar a quem

publicado por Joaquim Gouveia às 21:34

 

“TENHO O MEU MUNDO, NO QUAL SOU FELIZ”

 

Joaquim Cavaco é um alentejano de Casa branca, que recorda com felicidade os seus tempo de infância, a primeira paixão e o primeiro emprego, na Marinha de Guerra Portuguesa, onde ingressou em 1988 como voluntário. O seu pai é o seu ídolo e confessa que a sua casa é o refúgio mais desejado ao final de cada dia. Tem o seu próprio mundo e prefere ignorar o mundo exterior porque diz que é conflituoso e problemático. Acredita que a palvra reforma, tal como a conhecemos, vai desaparecer do dicionario e, por isso, enquanto tiver projectos na gaveta há-de ser sempre um empreendedor.

 

 

Como foi a sua infância?

Semelhante à de muitos jovens e Amigos alentejanos, de onde sou natural, de Casa branca. Muita brincadeira voltada para o campo, como pescar nas barragens e albufeiras da zona, andar atrás de passaros com fisgas, caçadas aos coelhos com paus de vassoura, eu sei lá... o berlinde, o futebol, o pião, etc.. Casa Branca é um lugar onde a maioria da população estava directa ou indirectamente ligada ao caminho de ferro, porque é um entroncamento de várias linhas do Sul do País. O meu pai era revisor nos comboios. Foi uma infância muito feliz, muito pura. Hoje as coisas são mais “virtuais”, não existe o contacto com a Natureza, como naqueles tempos.

 

O primeiro amor…

Chamar-lhe-ia a primeira Paixão...Na escola secundária. Tinha 12/13 anos. Uma paixão de adolescência, assolapada. Mas não fui minimamente correspondido. Era uma rapariga mais alta que eu que, na altura, era mais para o baixinho e cheinho. Ficámos amigos. Mesmo assim aquela paixão ainda durou mais de um ano...penso que todos nós, na adolescencia, passámos por algo semelhante.

 

E o primeiro emprego…

Na Marinha de Guerra Portuguesa. Com muito orgulho. Fui militar voluntário durante 5 anos e meio, pertencia aos quadros permanentes. Fiz muitas viagens pelo mundo onde participei nos principais conflitos da epoca: Bósnia e Angola. Na altura, em 1989, ganha à volta de 65 contos. Nada mau, para a época...


Como é a sua casa? Como a define?

É o meu refúgio no final de cada dia. No campo, tal como o local onde fui criado. É onde coloco as idéias em dia, longe do stress habitual. Sou muito caseiro. Tem uma decoração minimalista com muito espaço. Não gosto de tropeçar em tapetes...

 

O que pensa do mundo?

Tenho o meu, no qual sou feliz. O outro prefiro nem pensar nele porque é conflituoso e problemático. Prefiro pensar que ele nem existe. Quero pensar que as coisas podem melhorar mas não me parece que isso aconteça. O mundo é muito instável devido aos interesses económicos

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Como pessoa sim. Tenho dois filhos que adoro, com saúde, o que é muito importante. Profissionalmente não me considero totalmente realizado. Enquanto conseguir ser empreendedor não irei parar. Tenho vários projectos na gaveta. Acho que a palavra reforma vai ser removida do dicionário, infelizmente, portanto teremos que continuar sempre a empreender

 

Como se resolve a crise?

Enquanto os interesses económicos e financeiros se sobrepuserem aos interesses das populações, a crise não terá solução. Quem é que está a ganhar com esta crise? Naturalmente os grandes grupos económicos e financeiros de nível mundial. Temos que inverter os valores mas isso é como lutar contra “moínhos de vento”.

 

Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Sou ateu. Sei que nascemos de alguma coisa. Sou mais pela evolução das espécies do Charles Darwin. Foi o Homem quem criou Deus. O ser humano precisa de acreditar nalguma coisa. A vida é apenas uma passagem

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Rigorosamente nada. Nunca me arrependi do que fiz. Quando tomo uma decisáo está tomada e em consciência

 

Que faz no presente e que projectos para o futuro?

Sou proprietário de uma imobiliária, a Remax Alive e de uma empresa de projectos de interiores, a Simbologia. Para o futuro, como já referi, tenho vários projectos em agenda

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino

Praia de Galapinhos...principalmente fora da epoca alta.

 

Um livro

Livros técnicos

 

Uma música

It´s now or never (Elvis Presley)

 

Um ídolo

O meu pai

 

Um prato

Caldeirada muito picante

 

Um conceito

Viver como se cada dia fosse o último 

publicado por Joaquim Gouveia às 12:12

25
Out 13

 

“ADORA-SE DEUS E AMAM-SE AS PESSOAS”

 

Helena Fruta é uma mulher de partilha. Tem uma visão do mundo que não dispensa alguma poesia falando de amor ao próximo e menos arrogância e prepotência. Nasceu em Palmela e viveu durante alguns anos em Setúbal. O seu primeiro amor não o revelou e o seu trabalho realiza-a profissionalmente. Acredita que só um ser como Deus, poderia criar o Homem. Tem pena que as pessoas não tenham coragem para partilhar as suas necessidades e receios. Adora cozido à portuguesa e se pudesse viajava até Roma

 

Como foi a sua infância?

Foi muito boa, muito feliz. Fui filha única. Nasci em Palmela e morei, também, em Setúbal. Tive a felicidade de ter a minha mãe em casa. Brinquei bastante na rua as brincadeiras próprias da altura. Fui sempre uma miuda muito alegre. Andei até à 3ª classe na antiga escola da Quinta dos Padres, em Setúbal e fiz a 4ª classe em Palmela

 

O primeiro amor…

Acho que ele nunca soube que eu gostava dele. Foi um amor que nunca tive coragem de revelar. O rapaz acabou por ir embora de Palmela e nunca mais o vi

 

E o primeiro emprego…

Na Associação de Futebol de Setúbal, onde vou fazer 40 anos de casa. Tenho um trabalho do qual gosto bastante

Como é a sua casa? Como a define?

É o meu lar. Não tenho filhos biológicos mas tenho duas filhas do “coração”. São duas jovens a quem dedico muito tempo e atenção. Elas enchem-me a casa

 

O que pensa do mundo?

Tenho pena da falta de coragem que as pessoas têm em partilhar necessidades e receios. Muitas vezes nem sabemos que o vizinho do lado existe. Nem falo do mundo global. Às vezes há um mundo ao nosso lado que nem damos por ele

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Realizados nunca estamos. Humanamente podemos fazer sempre mais e essa é uma preocupação que vive comigo, ou seja, saber se posso fazer mais pelos outros. Profissionalmente, como já disse, gosto muito do meu trabalho

 

Como se resolve a crise?

Com mais humanidade, mais amor ao próximo, com o saber escutar, com menos arrogância e prepotência. Adora-se a Deus, amam-se as pessoas e os animais e gosta-se das coisas

 

Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Deus criou o Homem porque só um ser como Ele nos poderia criar. Sou católica e praticante

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Teria partilhado mais com os outros. Houve alturas na minha vida em que não dei tudo o que podia dar aos outros. No entanto hoje tento emendar essa falha

 

Que faz no presente e que projectos para o futuro?

Trabalho na Associação de Futebol de Setúbal, estou na delegação de Setúbal da APPACDM e na Associação das Festas das Vindimas de Palmela. Pertenço, ainda, ao Movimento Mensagem de Fátima. No futuro quero manter-me disponível para continuar a colaborar nas coisas da minha terra, que eu tanto amo

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino

Roma

 

Um livro

A Bíblia

 

Uma música

5ª sinfonia de Beethoven

 

Um ídolo

Jesus Cristo

 

Um prato

Cozido à Portuguesa

 

Um conceito

Humildade

publicado por Joaquim Gouveia às 14:55

24
Out 13

 

 

“PODERIA TER SIDO PROFESSOR”

 

Nicolau da Claudina é um homem do associativismo regional. Nasceu e cresceu na Baixa de Palmela e teve uma infância feliz com muita brincadeira. Conheceu Sebastão da Gama, que o apoiou e incentivou bastante nos estudos. Embora reconheça que vivemos num mundo conturbado acredita que as coisas são agora mais calmas, comparativamente, aos anos das guerras mundiais. Acredita em Deus que diz ser o autor de tudo que vemos à nossa volta. Continua disponível para colaborar no movimento associativo

 

Como foi a sua infância?

Descendo de raízes humildes. Omeu pai era trabalhador rural na Baixa de Palmela, onde nasci e cresci. Jogava à bola, ao pião, ao berlinde, no fundo as brincadeiras eram todas iguais naquela época. Fiz a 4ª classe em Palmela, depois vim para Setúbal para a Escola Comercial (Sebastião da Gama), onde tirei o curso Geral de Comércio. O Dr. Sebastião da Gama apoiou-me bastante durante os meus estudos

 

O primeiro amor…

Com 15 anos com uma rapariga chamada Graciete. Mas já não tenho grande memória desse acontecimento. Amor a sério foi com a minha mulher

 

E o primeiro emprego…

Com 17 anos nos antigos Serviços Municipalizados de Setúbal. Ganhava 17 escudos por dia

Como é a sua casa? Como a define?

Moro em Palmela. Consegui construir a minha casa na qual tenho muito orgulho. Tem sido uma casa de família. Hoje é uma casa muito grande para apenas 2 pessoas. Repare que a minha casa tem 10 janelas.

 

O que pensa do mundo?

É um mundo conturbado. No entanto, estamos a travessar um período mais calmo relativamente ao que se passou nos anos 40 e 50 com a Guerra Mundial. Sinto-me bem com o mundo. Tenho uma vida calma e serena apesar de assistir a alguns casos que me podem deixar mais preocupado e perturbado  

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Não tenho duvida de que me sinto realizado. Tive uma profissão de que gostei muito. Pessoalmente fui sempre muito activo em inúmeras actividades em Setúbal e Palmela

 

Como se resolve a crise?

Se desse ouvidos ao que ouço a crise resolvia-se todos os dias. Toda a gente dá opiniões. Nós estamos a sofrer na pele. Não tenho solução para a crise. Os países mais ricos deviam apoiar os mais necessitados. Há uma grande discrepância entre os ricos e os pobres

 

Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Deus criou o Homem, porque sem ele o mundo não teria existido. Sou católico. Tudo o que vemos à nossa volta é criação de Deus

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Suponho que não. Se não tivesse sido empregado bancário poderia ter sido professor, porque gosto muito de crianças e tenho paixão pelo ensino

 

Que faz no presente e que projectos para o futuro?

Estou reformado hà 25 anos. Tenho sempre várias actividades ao nível do associativismo. Enquanto Deus me der vida e saúde vou continuar a fazer isso desde que me dê alguma satisfação

 

CAIXA DAS PALAVRAS

                                                                                       

Um destino

Austrália

 

Um livro

Diário (Sebastião da Gama)

 

Uma música

Qualquer uma do Camané

 

Um ídolo

O meu pai

 

Um prato

Bacalhau com todos

 

Um conceito

Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti

publicado por Joaquim Gouveia às 12:54

23
Out 13

 

“APESAR DO AVANÇO DO CONHECIMENTO AUMENTA O ÍNDICE DE POBREZA”

 

O Dr. Luis Miguel Calha é autarca em Palmela, terra onde nasceu, cresceu e nunca abandonou. É um homem envolvido no movimento associativo e quer continuar a contribuir para o desenvolvimento local. Para si o mundo dos nossos dias é complexo e o avanço do conhecimento não atenua os índices de pobreza. É ateu e por isso acredita que o Homem criou Deus, para explicar o que não conseguia entender. O seu prato favorito são favas à moda de Palmela

 

Como foi a sua infância?

Foi uma infância feliz, rodeada de muitos amigos e passada em Palmela, na zona do centro histórico. Recordo-me de gostar muito de brincar, correr, jogar futebol. O meu ponto de referência era o Parque Venâncio Ribeiro da Costa, onde ficava a casa dos meus pais. No fundo brincávamos num ambiente saudável, em segurança e sem preocupações. Ainda hoje mantenho muitos amigos dos meus tempos de infância.

 

O primeiro amor…

Por ocasião da entrada na Escola Hermenegildo Capelo, em Palmela, com a rapariga mais bonita que lá andava. Foi amor à primeira vista.

 

E o primeiro emprego…

Na antiga fábrica de frigorifícos HR, no Pinhal Novo. Não recordo quanto ganhava na altura. Era operário montador. Foi uma experiência dura mas rica pela amizade que fiz com várias pessoas

Como é a sua casa? Como a define?

Sem dúvida o meu porto de abrigo, Uma casa simples que reune todas as condições para estar em tranquilidade, em paz e harmonia. Tem uma decoração simples e moderna.

 

O que pensa do mundo?

O mundo dos nossos dias é muito complexo. Assistimos, por um lado a uma enorme evolução tecnológica e científica com o avanço do conhecimento mas, isto não tem reflexo nas condições de vida da maioria das pessoas. Pergunto-me como é que é possível com a evolução tão grande do conhecimento continuar a aumentar os índices de pobreza ?

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Sim, sinto-me realizado. Tenho procurado abraçar vários desafios. Aliás, gosto bastante de novos desafios. Sinto que fiz as opções certas. Acho que tenho tido alguma sorte mas, também, a soube conquistar

 

Como se resolve a crise?

Com uma política de esquerda que defenda o interesse nacional e não esteja subordinada à vontade de outros países. Temos que apostar no que é nosso, na agricultura, na pesca, nos produtos nacionais e na defesa da nossa Constituição e do Estado Social

 

Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Sou ateu. Foi o Homem quem criou Deus, para explicar algo que, por vezes, não conseguia entender e viu nele uma forma de inspiração e conforto espiritual, de confiança para enfrentar o que não conseguia compreender

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Não mudaria nada. Sinto que fiz na altura certa aquelas que me pareciam ser as melhores opções. Todas as opções acarretam riscos e tentei sempre calculá-los. Por isso não me sinto arrependido das opções que tomei

  

Que faz no presente e que projectos para o futuro?

Sou autarca na Câmara Municipal de Palmela e mantenho a minha ligação ao movimento associativo do concelho através da minha presença nos corpos sociais da Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”. O futuro é sempre uma incógnita mas vejo-me sempre a ter um papel ativo enquanto cidadão, seja em que plano for, contribuindo para o desenvolvimento desta terra que me viu nascer e que nunca abandonei. Tenho muito orgulho em dizer que sou Palmelão

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino

Paris

 

Um livro

Levantado do chão (José saramago)

 

Uma música

We are the champions (Queen)

 

Um ídolo

O meu pai

 

Um prato

Favas à moda de palmela

 

Um conceito

Tentar sempre o impossível para conseguir o possível

 

publicado por Joaquim Gouveia às 14:09

 

“SOU MUITO FORTE NAS MINHAS CONVICÇÕES”

 

Toy define-se como um cantautor que retira prazer das coisas boas da vida e aprende com as menos felizes. O petrolino Zé Daniel foi o seu primeiro amigo, nos tempo de infância onde, ainda, frequentou a escola particular da D. Ana Biscaia. O seu primeiro amor despontou-lhe, pela vicissitude, o seu lado mais emotivo. Define-se como um homem pragmático embora sonhador. Pensa que foi o Homem, quem criou Deus, porque a Bíblia foi escrita pelos Homens. Álvaro Cunhal é o seu ídolo

 

Como foi a sua infância?

O meu primeiro amigo foi o Zé Daniel, de Vila Nova de Poiares, a terra dos antigos petrolinos, as pessoas que, naquela altura, vendiam petróleo, azeite, vinagre, bacalhau e outros. O Zé Daniel morava com os pais em Setúbal e tinham o negócio ao pé da minha casa. Tive outros amigos que se tornaram figuras publicas como o Luis Sobrinho e o Fernando Cruz, jogadores de futebol. Andei na escola da D. Ana Biscaia. No geral foi uma infância feliz com momentos muito agradáveis

 

O primeiro amor…

Foi a Paula Leiria, na Sociedade Capricho Setubalense. Foi a primeira pessoa que me despertou para um sentimento diferente. Infelizmente foi também o meu primeiro desgosto pelo facto de ter falecido, mas foi ao mesmo tempo quem despontou o meu lado mais emotivo

 

E o primeiro emprego…

Nas férias de verão, na Fundisado, onde o meu irmão era cooperador/coordenador da cooperativa. Estive como paquete no escritório onde, curiosamente, fui chefiado pela minha atual contabilista

Como é a sua casa? Como a define?

É o espaço onde gosto de receber os meus amigos, que considero agradável, ou que o tornei agradável e moldado à minha forma de ser e estar para que os amigos se sintam bem mesmo quando eu estou ausente

 

O que pensa do mundo?

O mundo planeta Terra é um espaço insignificante para tanto pensamento insignificante na insignificância de cada particula a quem chamam de ser vivo. O mundo universo é demasiado inalcansável para poder definir mas, é por senti-lo que tento valorizar as insignificâncias do primeiro mundo de que falei

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Sinto. Sou muito forte nas minhas convicções e desafio qualquer pessoa que possa ter ouvido da minha boca a palavra “talvez”, às perguntas concretas. Sou pragmático embora sonhador

 

Como se resolve a crise?

Não varrendo o lixo para debaixo do tapete. A maioria dos jornais diários ganham tanto dinheiro com publicidade à prostituição não fiscalizada e que não paga impostos. Temos que oficializar os negócios existentes como a prostituição, a droga e outros para tributá-los de igual forma a todas as profissões.

 

Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Foi o Homem que criou Deus. Porque o único livro que fala de Deus, a sério foi escrito por Homens

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Não. As coisas boas deram prazer e fizeram-me feliz. As más serviram para aprender.

 

Que faz no presente e que projectos para o futuro?

Sou cantautor, produtor de música e escanção amador. O meu futuro é sempre próximo e quero manter estas actividades. Vou gravar o meu novo DVD no forum Luísa Tod,i em Fevereiro do próximo ano

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino

Cuba

 

Um livro

O primo Basílio (Eça de Queirós)

 

Uma música

Honesty (Billy Joel)

 

Um ídolo

Álvaro Cunhal

 

Um prato

Cabidela

 

Um conceito

As três melhores coisas da vida são duas: sexo 

publicado por Joaquim Gouveia às 08:58

22
Out 13

 

“É DE PESSOAS EXPERIMENTADAS  QUE NÓS PRECISAMOS”

 

Jorge Nice é oriundo de um bairro de Algés e não esquece as suas origens humildes. Em Setúbal conquistou a simpatia de todos cantando para todos. Assume-se como um homem de paixões e acredita estar a passar por um ciclo de vida bastante positivo. Sente-se realizado com a vida e a profissão que escolheu. Para si o mundo é uma amálgama de injustiças e hipocrisia mas, apesar disso também lhe encontra beleza e bondade. Não sabe se o Homem criou Deus ou, será sido mesmo Deus a criar o Homem.

Adora peixe assado e gostava de viajar até à Jamaica

 

Como foi a sua infância?

Pobre mas feliz. Nasci em Algés, num bairro social. Tive a possibilidade de estudar ede ter amigos. Aprendi a tocar viola quando a minha avó me ofereceu uma, que ainda hoje guardo. Brinquei aos jogos de rua como o pião, berlinde, à bola, ao prego, etc., etc.. Foi uma infância feliz

 

O primeiro amor…

Foi uma paixão de adolescente, forte que quando terminou me marcou bastante. Sou um homem de paixões. Tinha 17 anos e foi por uma miuda do bairro onde eu morava

 

E o primeiro emprego…

No hospital de S. José, como tarefeiro/maqueiro. Talvez ganhasse 30 contos nessa altura

Como é a sua casa? Como a define?

Não é a casa que eu queria ter mas é o meu lar. É o meu cantinho, onde componho e onde guardo as minhas coisas

 

O que pensa do mundo?

É uma amálgama, de injustiças e hipocrisias. Para além disso também há beleza e bondade. Esta disparidade entre o bem e o mal acaba por tornar o mundo bastante contraditório. Acho que o impacto das coisas más é maior que o das coisas boas

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Mediante a minha forma de ser e estar acho que sou realizado. Como fui habituado a pouco, também não exijo muito. No entanto, não deixo de ser exigente e de ter algumas ambições, mas acima de tudo sou realista

 

Como se resolve a crise?

Colocando as pessoas certas no lugar certo. As pessoas com experência de vida e nas áreas a que são destinadas. A vida também é experiência e é de pessoas experimentadas de que nós precisamos e não de teóricos

 

Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Acredito em energias positivas e negativas e acredito que existe algo para além do que é físico. Deus é uma descrição da energia positiva interpretada por várias religiões. No fundo estamos a falar do mesmo. Sou católico e crente por tradição familiar, mas não posso dizer quem criou quem

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Não mudaria nada. Tudo o que sou hoje tem a ver com o meu percurso no passado. Tudo tem um ciclo e o meu é positivo neste momento. Os meus ciclos negativos ajudam-me a ser mais sensível, solidário e humano

 

Que faz no presente e que projectos para o futuro?

Sou musico, cantor e compositor e é assim que me vejo no futuro até que “a voz me doa”

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino

Jamaica

 

Um livro

Os Esteiros (Soeiro Pereira Gomes)

 

Uma música

Cinema Paraíso (Eric Moricane)

 

Um ídolo

David Gilmour

 

Um prato

Peixe assado

 

Um conceito

Peace and love

publicado por Joaquim Gouveia às 11:52

18
Out 13

 

“O RIO SADO É O NOSSO PARAÍSO”

 

O engenheiro João Barbas é uma figura simpática e alegre que nos faz lembrar o rio Sado, onde tem dois Galeões do Sal, prontos para viajarem em rota de cruzeiro todos os dias. É Alentejano de Portalegre, mas veio para Setúbal, ainda menino e moço. Aqui ganhou amigos, frequentou a escola e conheceu o seu primeiro amor. Hoje mora em Vila Fresca de Azeitão, para fugir ao rebuliço da cidade quando o descanso também se recomenda. O Sado é o seu paraíso e projeta perpetuar as suas embarcações no futuro

 

Como foi a sua infância?

Nasci em Portalegre, mas vim para Setúbal, com 5 anos de idade para uma casa nas Fontaínhas. Fiz o ensino primário na escola do “Sousa”. Tinha muitos amigos com quem hoje ainda me dou muito bem. Na maioria eram filhos de pescadores. No fundo as Fontaínhas, eram uma zona de varinos oriundos da Murtosa e de Ovar. Jogávamos à bola numa zona a que chamávamos de “praia”, onde hoje é o Porto de Setúbal. Aos domingos de manhã, quando não íam para a pesca, os pescadores jogavam futebol entre eles e à tarde íam ver o Vitória de Setúbal

 

O primeiro amor…

Foi uma paixão mesmo assolapada, no 1º ano de Liceu. Era uma rapariga do Barreiro, a Climénia. Ainda hoje somos amigos

 

E o primeiro emprego…

Quando saí do Técnico, como engenheiro estagiário na Electrónica Signetis. Ganhava dois contos e quinhentos por mês

 

Como é a sua casa? Como a define?

É uma pequena casa com 2 assoalhadas e que fica em Vila Fresca de Azeitão, fora do rebuliço da cidade

 

O que pensa do mundo?

Isto podia ser melhor. Há muita injustiça, fome e sofrimento e não há necessidade que isto aconteça. A natureza é magnífica e o Homem o seu pior predador

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

O nosso percurso é feito de coincidências. O meu faz-me pensar que fiz algo de positivo. Os últimos 23 anos foram extraordinários porque consegui conjugar a paixão do mar e da vela com a preservação do património marítimo que era o meu principal objectivo

 

Como se resolve a crise?

Não tenho essa pretensão, nem tenho grandes sugestões. Acho que nos falta tornar as coisas mais simples

 

Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

É um mistério. Nasci católico mas não sou praticante. Se olharmos para a grandeza do universo ficamos atordoados ao pensar como tudo terá sido criado

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Creio que não. A vida para mim é mais um conjunto de coincidências que temos que saber gerir a cada momento

 

 

Que faz no presente e que projectos para o futuro?

Sou proprietário da empresa Troia Cruze, que tem 2 Galeões do Sal, que fazem cruzeiros no nosso paraíso que é o rio Sado. No futuro quero manter esta atividade e perpetuar as minhas embarcações

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino

Cabo Verde

 

Um livro

Os velhos marinheiros (Jorge Amado)

 

Uma música

Tombe la neige (Adamo)

 

Um ídolo

Tabarly (navegador francês)

 

Um prato

Tomatada de cação

 

Um conceito

Fazer as coisas simples

 

publicado por Joaquim Gouveia às 07:51

 

“O DESAFIO DE UM ARTISTA PLÁSTICO É A SUPERAÇÃO”

 

Lurdes Pólvora da Cruz é pintora desde muito jovem. Formou-se em artes plásticas, tem um atelier em Setúbal e mostra-se disponível para colborar nas iniciativas da cidade. Casou com 17 anos e foi viver para a Venezuela. Pensa que o mundo está em decadência de valores com consequências muito graves para o ser humano. Não sabe como se resolve a crise até porque acha que a própria política também está em crise. O seu conceito de vida é simples e para cumprir: respeitar para ser respeitado

 

 

Como foi a sua infância?

Como sou filha única era a menina dos papás. Foi uma infância muito tranquila entre gente crescida. Nasci em Setúbal, mas como o meu pai foi trabalhar para Lisboa, fomos morar para Almada. Adorava saltar à corda e tinha uma bola pequena, que me cabia entre as mãos, com a qual brincava bastante. Curiosamente, nunca brinquei com bonecas

 

O primeiro amor…

Havia um miudo na minha rua que se chamava Vitor. Olhávamo-nos bastante mas não passou disso. O meu primeiro amor foi mesmo com o meu marido. Conheci-o com 15 anos, casei aos 17 e fomos para a Venezuela

 

E o primeiro emprego…

Formei-me em artes plásticas e trabalhei como professora auxiliar no atelier da professora Teresa Azara, em Caracas

 

Como é a sua casa? Como a define?

Tranquila e cómoda. É o meu descanso

 

O que pensa do mundo?

Que está em decadência com situações muito graves para o ser humano, porque há crise económica, sentimental e religiosa em todos os aspetos

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Nunca. Penso que nenhum ser humano deve chegar a isso porque é dizer que está acabado e sem sentido para viver

 

Como se resolve a crise?

Estou convencida de que os políticos não a vão resolver porque a própria política está em crise. Não sei como se resolve mas o meu sonho é de que todos deveríamos ser irmãos e dividir irmanamente

 

 

Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Sou católica. Acredito no Adão e Eva e que Deus é o nosso Pai. Acredito também na Bíblia

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Possivelmente sim. Se soubesse o que sei hoje mudaria. Mas se isso acontecesse tinha a certeza de que que o princípio do abc se repetiria porque nunca sabemos o resultado final das coisas

 

 

Que faz no presente e que projectos para o futuro?

Sou pintora. Tenho um atelier de pintura em Setúbal, com vários alunos. No futuro quero continuar a desenvolver esta atividade. O desafio diário na vida de um artista plástico é a superação e vencer obstáculos

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino

Paris

 

Um livro

Cem anos de solidão (G. Garcia Marquez)

 

Uma música

Love me tender (Elvis Presley)

 

Um ídolo

Não tenho

 

Um prato

Carne de porco à alentejana

 

Um conceito

Respeitar para ser respeitado

 

publicado por Joaquim Gouveia às 07:41

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