“FELIZ É QUEM TEM A OPORTUNIDADE DE ERRAR”
É o comandante da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, Major/Engenheiro, no Exército e adora praticar Triatlo. Paulo Lamego apaixonou-se pela bicicleta aos 16 anos e desde aí mantém uma relação intensa com o mundo do ciclismo. Conviveu com os conflitos sociais do bairro da Cova da Moura, onde passou toda a sua infância depois do regresso de Moçambique, após Abril de 74. Foi um excelente aluno na escola e escolheu a vida militar por convicção. Diz que cada dia deve ser vivido como se fosse o último e que feliz é aquele a quem lhe é dada a oportunidade de errar. A crise é uma excelente oportunidade para inovar
Como foi a sua infância?
Nasci na Amadora, em 1971, em casa. Sou o filho mais velho de 4 irmãos. Com 4 meses fomos para Moçambique, onde o meu pai cumpria serviço de polícia, em Maputo. Regressámos no 25 de Abri de 74. Depois morei no alto da Cova da Moura e ali convivi com todo o tipo de situações sociais. Foi uma infância feliz com muita brincadeira, com complicações conflitos no bairro. Lembro-me das brincadeiras saudáveis como os carrinhos de rolamentos e o futebol, embora não tivesse muito jeito para jogar. Fui um excelente aluno na escola.
O primeiro amor…
Fui sempre muito tímido. O primeiro amor foi a minha bicicleta, aos 16 anos. Apaixonei-me por ela. Tive, no entanto, algumas namoradas mas a bicicleta foi mesmo esse primeiro amor.
E o primeiro emprego…
A ajudar a minha mãe na casa de frangos que ela tinha, aos 12 anos. Mais tarde tivemos um café.
Como é a sua casa? Como a define?
É uma alegria constante. Tenho 3 filhos e uma mulher que amo. A decoração é confortável. Moro no Barreiro. É o local onde nos sentimos felizes.
O que pensa do mundo?
O mundo é o que nós queremos. Ele existe mas quem o faz somos nós. O bom e o mau ambiente é gerado pelas pessoas. O mundo é maravilhoso. Temos que levar a vida com muito boa disposição. Todos os momentos são uma lição de vida. Feliz é aquele a quem lhe é dada a oportunidade de errar.
Sente-se realizado humana e profissionalmente?
Cem por cento realizado. Vivo com empenho e paixão tudo o que faço. Vivo com a mesma intensidade as alegrias e as desilusões. Também choro.
Como se resolve a crise?
A crise é uma excelente oportunidade para inovarmos, e só inovando e mudando a nossa maneira de ser é possível resolver a crise. Não temos que ter medo de arriscar. A vida é para se viver como se fosse o último dia.
Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?
Sou católico. Acredito que Deus criou o Homem. Não será o Deus que imaginamos com as barbas e os mantos, mas um Deus divino, uma energia, uma fé, e é a fé que nos move. Acredito na emoção.
Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?
Não mudaria nada, A minha filosofia diz que devo fechar as portas. Os meus caminhos têm um princípio, um meio e um fim.
Que faz no presente e que projectos para o futuro?
Sou Major/Engenheiro no Exército, Comandante da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal e faço Triatlo nos meus tempo livres, actividade que também adoro. Tenho a possibilidade de praticar 3 modalidades como o ciclismo, a natação e o atletismo. No futuro quero continuar a exercer a engenharia em pleno. O meu sonho é, aos 50 anos, montar uma empresa de construção civil na área da reabilitação urbana.
CAIXA DAS PALAVRAS
Um destino
Uma ilha tropical
Um livro
A filha do capitão (José Rodrigues dos Santos)
Uma música
Sultans of Swing ( Dire Straits)
Um ídolo
Jane Ulrich
Um prato
Cozido à portuguesa
Um conceito
Encarar cada dia como se fosse o último