Entrevistas de JoaQuim Gouveia

17
Jan 14

 

 

“COMO SE EXPLICA O MILAGRE DA VIDA?...”

 

Pedro Marques da Costa é o diretor do Hotel do Sado, profissional preocupado em oferecer o melhor conforto e agradabilidade aos seus clientes. Teve uma infância muito partilhada com a família e aprendeu a criar para além do que lhe foi oferecido. Acredita que há uma força superior que nos controla e sente-se um homem comprometido com a Igreja. Pensa que a resolução da crise passa por um exercício individual de cada um de nós. Sente-se feliz mas não realizado porque sabe que ainda existem vários objectivos por concretizar

 

Como foi a sua infância?

Nasci em Lisboa, mas toda a minha infância foi passada em Setúbal, na casa dos meus pais, com mais 3 irmãos e a minha avó materna. Era uma casa sempre muito cheia. Éramos 7 pessoas à mesa, todos os dias. Foi uma infância muito preenchida na convivência com a família onde junto tios e primos. Andei 7 anos no Externato Diocesano. Foram momentos que recordo com felicidade e saudade. Ainda guardo algumas amizades desses tempos do colégio. O meu pai era técnico na Câmara de Setúbal e a minha mãe era professora na Escola Comercial. Foi-nos proporcionada a ideia de que tinhamos que criar mais do que aquilo que nos era oferecido. Todas as experiências foram muito ricas, nomeadamente aquelas que nos levaram a lugares fora no nosso meio ambiente.

 

O primeiro amor…

Não fui muito namoradeiro. Talvez tivesse acontecido no colégio numa brincadeira que não teve nada de marcante.

 

E o primeiro emprego…

No Hotel Méridian, em Lisboa. Tinha 19 anos e ainda estudava. Devia ganhar cerca de 50 contos. Estava no departamento financeiro. Foi uma experiência muito boa em termos de início de atividade profissional mas uma desilusão em termos de produto final. Achava que íamos mudar o mundo e isso não aconteceu...

 

Como é a sua casa? Como a define?

É um espaço onde nos sentimos confortáveis e que gostamos que quem nos visita se sinta bem. Gosto muito de antiguidades e, por isso, temos um misto de mobiliário entre o antigo e o contemporâneo. É o meu porto de abrigo, o meu ninho.

 

O que pensa do mundo?

Acredito que há uma força superior que nos controla e que nos vai mostrando o caminho. O mundo vai-se reajustando em função de diferentes conjunturas. Este cenário atual de crise tem-nos ajudado a relativizar o que é importante e a nossa relação uns com os outros.

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Acho que não porque ainda existem vários objectivo por realizar . No entanto, sinto-me muito feliz a nível pessoal e familiar. Temos um equilíbrio na nossa vida a vários níveis que me tranquiliza. Em termos profissionais gosto imenso do que faço, é uma atividade que me fascina. Procuro dar o melhor conforto e agradabilidade aos nossos clientes

 

Como se resolve a crise?

Deve ser um exercício individual de cada um. Temos que perceber do que precisamos e não precisamos e, essencialmente, onde podemos contribuir para melhorar a situação dos que nos rodeiam. Vivemos uma crise de valores.

 

 

 

Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Para mim foi Deus, quem criou o Homem. A minha fé diz-me isso. Tenho um referencial de educação nesse sentido. As coisas extraordinárias que nos acontecem levam-nos a pensar assim. Como se explica o milagre da vida? Sou católico praticante e comprometido com a Igreja.

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Sou uma pessoa muito ponderada e as minhas decisões são muito pensadas e amadurecidas. Não sou pessoa de impulsos. Se calhar teria dito a algumas pessoas que já partiram o quanto gostava delas e que acabei por não o fazer talvez por preconceito.

 

Que faz no presente e que projectos para o futuro?

Sou diretor do Hotel do Sado e professor no Turismo de Portugal e na Escola Profissional de Setúbal. Prevejo continuar nesta atividade, embora esteja aberto a novos desafios e propostas que sejam enriquecedoras para mim e que eu possa dar um contributo positivo.

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino

Nova Iorque

 

Um livro

O caminho (São José Maria Escrivá)

 

Uma música

Carmina Burana (Carl Off)

 

Um ídolo

João Paulo II

 

Um prato

Bifes panados

 

Um conceito

Transparência

publicado por Joaquim Gouveia às 12:04

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