Entrevistas de JoaQuim Gouveia

07
Fev 14

  

“TODA A GENTE GOSTA DE ANDAR NO MUNDO”

 

Bernardino Primo é um homem desde sempre ligado ao movimento associativo da região onde tem, ao serviço de vários clubes, desempenhado vários cargos. A sua infância foi passada no Pinhal Novo e, quando concluiu a 4ª classe recebeu um diploma assinado pelo Ministro da Educação, a confirmar que tinha sido o melhor aluno do distrito de Setúbal. Pensa que o mundo poderia ser melhor porque toda a gente gosta de cá andar. Não tem soluções para a crise e não consegue explicar se Deus criou o Homem, ou se foi o contrário. Não mudaria nada na sua vida porque não sabe se o resultado seria melhor. Adora sardinhas assadas e o sei ídolo é Nélson Mandela

 

Como foi a sua infância?

Nasci em Palmela, onde morei apenas os primeiros 6 meses de vida. Depois os meus pais foram morar para o Pinhal Novo, porque o meu pai era ferroviário e foi para lá trabalhar.Tive uma infância feliz. Passava a vida a jogar à bola. Fui sempre um adepto do Vitória de Setúbal, porque tinha lá um primo a jogar futebol. Na escola fui um excelente aluno. Recebi um diploma assinado pelo Ministro da Educação, daquela altura a confirmar que fui o melhor aluno do distrito de Setúbal, quando tirei a 4ª classe. O grémio da Lavoura de Palmela, quando soube ofereceu-me outro diploma e um livro. Ainda tenho tudo guardado.

 

O primeiro amor…

Tinha 12 anos. Aconteceu durante o teatro de natal da escola. Eu fazia de lavrador e ela também entrava na peça. Era uma rapariga muito gira. Foi um namoro apenas de escola.

 

E o primeiro emprego…

Nas finanças de Palmela, aos 18 anos. Ganhava mil e quinhentos escudos. Já ganhava mais que o meu pai...

 

Como é a sua casa? Como a define?

Foi construída por mim, ao meu gosto. Agora que estou aposentado passo lá maior parte do meu tempo e é mesmo onde gosto de estar.

 

O que pensa do mundo?

Cada vez está pior. Não é este mundo que eu gostava que houvesse. É um mundo de guerras e em Portugal, há muitos roubos. Cada vez ganhamos menos. Toda a gente gosta de cá andar. É pena que as coisas não sejam melhores.

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Ninguém se deve considerar realizado. Há sempre novas coisas para fazer e eu, se calhar, não tive tempo para fazer tudo aquilo que gostava. Joguei futebol federado em equipas do Pinhal Novo e fui júnior na CUF do barreiro. No andebol militei em Palmela e nos Sadinos. No campo profissional passei por diversas repartições das finanças no país e na Madeira. Apesar de tudo trabalhei bastante.

 

Como se resolve a crise?

Com tantos intelectuais e tanta gente formada em finanças penso que a crise já deveria ter acabado. Eu é que não tenho soluções...

 

 

 Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Ninguém sabe responder a essa pergunta. Sou católico não praticante. Acho que o mundo não apareceu por acaso. No entanto, nunca chegámos a uma conclusão. Não sei quem criou quem. Acredito em qualquer coisa, num ser superior.

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Não. Como não sei se seria melhor ou pior, o melhor é deixar mesmo as coisas assim como estão. O que está feito, está feito.

 

Que faz no presente e que projectos para o futuro?

Estou aposentado das Finanças. Sou presidente do Conselho fiscal do Grupo Desportivo da Volta da Pedra e do Grupo dos Amigos do Concelho de Palmela. Pertenço, ainda, á Associação das Festas de Palmela (Festas das Vindimas). Pretendo ajudar no que puder os meus filhos e contribuir para o movimento associativo do concelho de Palmela.

 

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino

Florença

 

Um livro

As vinhas da ira (John Steinbeck)

 

Uma música

beatles

 

Um ídolo

Nélson Mandela

 

Um prato

Sardinhas assadas

 

Um conceito

Honestidade

publicado por Joaquim Gouveia às 09:28

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