Entrevistas de JoaQuim Gouveia

06
Jan 18

“CONSIDERO-ME UMA PESSOA FELIZ”

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Carla Lança é fadista por amor à arte. Gostava de ser artista profissional mas por enquanto esse objetivo não é fácil de concretizar. Por isso tem o seu emprego porque ninguém vive apenas dos sonhos. Nasceu e cresceu num bairro social de Setúbal, onde a palavra solidariedade encontra raízes profundas. A sua casa é um porto de abrigo que alberga uma família unida e cúmplice. Pensa que o mundo está cheio de invejas e energias negativas. Sente-se cansada de certas pessoas e se lhe for possível quer viver até aos 100 anos. Gostava de gravar um disco só com temas inéditos. Adora o Brasil, gosta de ler Nicholas Spark e não dispensa bacalhau com broa.

 

Como foi a sua infância?

Foi uma infância feliz. Tenho boas recordações. Nasci e cresci num bairro social onde existia preocupação entre os moradores e solidariedade. Os vizinhos socorriam-se. Lembro-me de andar de porta em porta para angariar dinheiro para o funeral de uma vizinha. Na escola fui boa aluna. Nunca dei problemas aos meus pais. Eles estiveram sempre muito presentes. O meu pai faleceu quando eu tinha 18 anos mas lembro-me de ele ser um homem muito presente. Brincávamos na rua. Fazíamos fogueiras pelos santos populares.

 

O primeiro amor...

Aos 15 anos. Não foi uma experiência agradável mas, no entanto, fez-me crescer.

 

O primeiro emprego...

Na Grula, em Palmela. Ganhava quarenta e seis contos. Quando recebi o primeiro ordenado não sabia o que fazer a tanto dinheiro.

 

Como é a sua casa? Como a define?

É o melhor cantinho do mundo, o meu porto de abrigo. É uma casa simples onde reina o amor e a compreensão. Somos uma família cúmplice.

 

O que pensa do mundo?

Estou cansada de certas pessoas. Falta-me a paciência. Acho que há muita energia negativa, muita inveja e muita falta de tolerância. Adoro viver e quero chegar até aos 100 anos. A vida é bonita mas as pessoas nem sempre a sabem viver na plenitude. Considero-me uma pessoa feliz.

 

Sente-se realizada humana e profissionalmente?

Profissionalmente não. Se pudesse fazer do fado a minha profissão então estaria realizada. Como pessoa estou realizada. Gosto muito de mim. Não sou perfeita mas faço de tudo para evoluir e ser feliz.

  

Como se resolve a crise?

A económica não se resolve porque há muitos interesses. Acredito que também há uma crise de valores e essa também não se resolve. As pessoas são muito materialistas e egoístas.

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Deus criou o homem, ou foi o homem que criou Deus?

Tenho a minha fé. Sou crente apesar das questões que levanto relativamente a Deus. Acredito numa força superior.

 

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Mudaria a minha entrega a certas e determinadas pessoas e situações. Penso que deveria ter investido mais na minha formação académica.

 

O que faz no presente e que projetos tem para o futuro?

Sou fadista e trabalho numa empresa do ramo alimentar. Quero levar a minha carreira o mais longe possível. Gostava de voltar a gravar um disco, desta vez só com temas inéditos. A nível profissional tenho esperança de encontrar uma situação mais favorável.

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino

Brasil

 

Livro

As palavras que nunca te direi (Nicholas Spark)

 

Uma música

Aguenta coração (José Augusto)

 

Um ídolo

A minha filha

 

Um prato

Bacalhau com broa

 

Um conceito

Viver cada momento

 

 

 

publicado por Joaquim Gouveia às 17:50

“HOJE TEMOS UMA CONSCIÊNCIA MAIS HUMANITÁRIA”

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O Dr. Horácio Pena é um investigador cultural do município de Setúbal. Teve uma infância tranquila com a aprendizagem do gosto pela leitura e pelo saber incutido pelas suas professoras do ensino primário. Frequentou o seminário e viveu num convento mas a sua falta de convicção católica impediu-o de se tornar padre. Pensa que é o Homem quem cria os seus próprios deuses. Como é otimista acredita que o mundo está em progresso e que hoje pensamos de forma mais adulta que os nossos antepassados. Gosta da obra de Eugénio de Andrade e elege “Requiem”, de Mozart, como a sua música de eleição.

 

Como foi a sua infância?

Nasci em Sintra, onde passei a minha infância até aos 10 anos. Recordo-me da frequência do ensino primário, da minha escola e das professoras que me marcaram muito positivamente. Elas despertaram em mim muito desejo e interesse pela cultura, a busca do saber. Na altura já me juntava aos grupos que gostavam de leitura. Estavam em voga os livros dos “Sete” e dos “Cinco” da Enid Blyton. Fui um bom aluno na área das letras. Lembro-me das festas anuais pelo primeiro de maio, que é a grande festa da aldeia de Granja do Marquês, onde vivia. Recordo-me que havia o cinema ambulante com projeções dos filmes nas paredes caiadas.

 

O primeiro amor...

Foi a leitura.

 

O primeiro emprego...

Na Câmara de Setúbal. Comecei por ganhar sete contos e quinhentos.

 

Como é a sua casa? Como a define?

O meu reduto. O local mais importante depois de um dia de trabalho. É uma casa acolhedora, com o conforto necessário.

 

O que pensa do mundo?

Como sou otimista penso que o mundo está em progresso. Hoje pensamos de uma maneira mais adulta do que os nossos antepassados, temos maior consciência que aqueles que nos antecederam. Temos uma consciência mais humanitária.

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

A realização é como o mundo em que vivemos, é um acontecer diário. Nunca estamos realizados nem felizes mas temos momentos de realização e felicidade. Nunca nada está completo.

  

Como se resolve a crise?

Continuando uma revolução de mentalidades o que nunca aconteceu mesmo depois do 25 de Abril de 74, como lembrou o poeta Eugénio de Andrade.

 

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Deus criou o homem, ou foi o homem que criou Deus?

O Homem cria deuses. São projeções dos nossos desejos, anseios e necessidades. Temos necessidade de deuses para a nossa completude e ausência de afetos e orientações perante a dúvida existencial.

 

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Regressaria às minhas ambiências religiosas (voltaria ao seminário e ao convento).

 

O que faz no presente e que projetos tem para o futuro?

Sou técnico superior do departamento de cultura do município de Setúbal. Faço investigação histórica. No futuro quero voltar a ler muito.

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino

Norte de Portugal

 

Livro

A obra de Eugénio de Andrade

 

Uma música

Requiem (Mozart)

 

Um ídolo

Não tenho

 

Um prato

Bacalhau cozido com batatas

 

Um conceito

Respeito

 

 

 

publicado por Joaquim Gouveia às 17:47

“TENHO UMA OBRA LITERÁRIA DE QUE ME ORGULHO”

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Pedro Marquês de Sousa terá sido porventura a última criança a ter nascido em Vila Fresca de Azeitão, pelo menos no dizer de sua mãe. Oficial do exército é professor na Academia Militar e autor de vários livros sobre temas como a música ou as Grandes Guerras. Recorda o 25 de Abril de 1974, como uma data importante e positiva na sua vida. No entanto não está otimista com a evolução do mundo e da sociedade atual. É crente em Jesus Cristo e diz que foi o Homem quem criou a figura de Deus. Gosta de Dire Straits e admira a figura do General Humberto Delgado.

 

Como foi a sua infância?

Nasci em Vila Fresca de Azeitão. A minha mãe diz que fui o último a nascer aqui. Depois de mim as crianças começaram a nascer no hospital de Setúbal. Frequentei a escola da Avó Céu, onde fiz a instrução primária e concluí a quarta classe com o exame feito na escola de Palmela. Passava os dias inteiros na escola e não brincava tanto como as outras crianças. No entanto penso que fui um bom aluno. Recordo-me do dia 25 de Abril de 1974, todas as suas envolvências e que o meu pai, que era músico militar na Marinha, acabou por ficar dois dias retido no quartel em prevenção. Foi uma data de grande entusiasmo que me marcou bastante pela positiva.

 

O primeiro amor…

Foi em Azeitão, com uma rapariga mais jovem. Foi um amor inocente. Não teve consequências.

 

E o primeiro emprego…

No exército com 18 anos. Fui para a Academia Militar.

 

Como é a sua casa? Como a define?

É bonita, uma realização que tive hà 15 anos atrás. Não imaginava que podia viver nos Picheleiros. É uma casa acolhedora que tem uma lareira. Gosto muito da sala onde passo muito tempo. É uma casa familiar. Tenho coincidências boas com a mudança para esta casa que para nós era nova, desde o nascimento do nosso segundo filho à minha promoção a Major no exército.


O que pensa do Mundo?

Estou muito pessimista. Sinto uma sociedade apática. As elites, os responsáveis políticos e públicos vivem uma certa apatia. A sociedade vive de forma passiva com a ausência de ideologias inspiradoras. Precisávamos de acreditar nalguma coisa que nos desse entusiasmo em torno de um ideal. A sociedade e as empresas desvalorizam a pessoa. Os modelos económicos pagam mal e dispensam as pessoas. Tudo isto me preocupa porque amanhã não há empregos. A tecnologia e os modelos económicos desprezam as pessoas.

 

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

No exército encontrei um caminho de realização. Sou professor da escola onde se formam os oficias do exército e da GNR. Tenho uma obra literária de que me orgulho. No entanto sou um eterno insatisfeito. Ainda há caminhos a cumprir.

 

Como se resolve a crise?

Centrar as preocupações e prioridades nas pessoas alterando o pensamento dominante que é a economia cega que pretende o lucro a todo custo. As pessoas são muito mal pagas.

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Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Foi o Homem quem criou Deus. Sou crente mas não em Deus, como entidade abstrata e distante mas na figura de Jesus Cristo, que pagou com a vida o seu pensamento.

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Penso que não mudaria nada. Acredito na minha intuição.

 

Que faz no presente e que projetos para o futuro?

Sou oficial do exército e professor na Academia Militar. Em breve talvez passe à reserva. Quero desenvolver a investigação nas áreas da história local, da música e militar.

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino:

Paris

 

Um Livro:

Serra Mãe (Sebastião da Gama)

 

Uma Música:

Brothers in arms (Dire Straits)

 

Um Ídolo:

General Humberto Delgado

 

Um prato:

Cozido à portuguesa

 

Um conceito:

Carpe Dien (Aproveita o dia)

 

 

 

publicado por Joaquim Gouveia às 15:39

“PRECISAMOS DE BONS LÍDERES”

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Paulo Alexandre é empresário de artes gráficas. Desde muito cedo tinha o desejo de enveredar pela via empresarial. Pensa que trilhou um bom caminho dentro dos valores e ensinamentos que colheu. Nasceu e cresceu no bairro de Troino, onde brincou e conheceu os primeiros amigos. Se pudesse voltar atrás aplicar-se-ia nos estudos porque quer ter um grau de conhecimento mais alargado para olhar o futuro com mais segurança.  Pensa que o mundo está perigoso e que a crise só se resolve com trabalho e criatividade. Não tem ídolos mas adora os U2.

 

Como foi a sua infância?

Nasci em Setúbal, a 27 de Dezembro de 1965, na rua Vasco da Gama, no bairro de Troino, onde vivi até aos 9 anos. Estudei na escola Conde de Ferreira. Lembro-me que brincava na rua, na Avenida Luísa Todi e na Fonte Nova. Jogávamos futebol, ao berlinde e palmilhávamos toda a barreira do Outeiro da Saúde. Tínhamos sempre motivos para as aventuras que construíamos nessas brincadeiras. Na altura estava em moda o livro dos “Cinco”

 

O primeiro amor...

Terá sido na escola primária com uma menina mas não fui correspondido.

 

O primeiro emprego...

Foi um castigo do meu pai. Meteu-me a trabalhar na oficina de automóveis “Custódio & Sérgio”, onde ele trabalhava. Tinha 15 anos. Não me recordo de quanto ganhava.

 

Como é a sua casa? Como a define?

Está sempre limpa e arrumada facto que prezo muito. Isso vem da minha mulher. É uma casa acolhedora e estimamos muito todas as coisas. Está decorada de uma forma moderna com poucos móveis e bibelôs mas é confortável. Tenho fotos familiares na sala. É um local onde me sinto muito bem.

 

O que pensa do mundo?

Penso que está muito perigoso. Os valores perderam-se ao longo dos tempos. Há uma disputa muito frenética pela ascensão ao poder sem olhar a meios. Nos últimos 8 anos tenho conhecido pessoas que vão contra tudo isto. São pessoas que preservam os valores, que são solidários e tem sido com elas que tenho feito boas amizades.

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Sim. Sinto que aquilo que construí ate agora foi com base no que aprendi e nos valores onde me revejo. Tento agora ajudar os amigos sempre que me for possível sabendo que a vida dá muitas voltas.

  

Como se resolve a crise?

Com muito trabalho, com muita seriedade, ideias inovadoras e muita criatividade. Acredito que os portugueses são capazes de dar a volta. Precisamos de bons líderes.

 

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Deus criou o homem, ou foi o homem que criou Deus?

Fui criado no seio de uma família católica mas que mais tarde se converteu á igreja evangélica. No meu entender foi Deus quem criou o Homem. Sou crente.

 

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Desde criança que tinha o objetivo de ser empresário. Olhando para trás talvez me tivesse aplicado um pouco mais nos estudos. De resto penso que tenho trilhado um bom caminho. 

 

O que faz no presente e que projetos tem para o futuro?

Sou empresário gráfico. Nos últimos 2 anos tenho participado em muitas formações profissionais. Quero ter um grau de conhecimento mais alargado o que faz com que possa pensar no futuro com mais segurança.

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino

Nova York

 

Livro

Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes

 

Uma música

Boy (U2)

 

Um ídolo

Não tenho

 

Um prato

Salmonetes grelhados

 

Um conceito

Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti

 

 

 

publicado por Joaquim Gouveia às 15:28

“TODOS NÓS TEMOS UM PAPEL NESTE MUNDO”

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Nuno Gil é um estudioso da gastronomia, nomeadamente a doçaria sendo proprietário da Confeitaria S. Julião. Tem recordações muito gratas dos tempos de infância onde conheceu muitos amigos e brincou pelas ruas da vila de Palmela. Para si a crise é psicológica, não palpável e tem a ver com a educação e a responsabilidade de cada um. É crente em Deus, a quem atribui a criação da Terra, dos animais e da natureza. Para si aquilo que vivemos hoje é o que sonhámos ontem. O bife com batatas fritas da sua avó é o seu prato preferido.

 

Como foi a sua infância?

Recordo-me que morava pertíssimo da escola primária. Lembro-me bem das minhas professoras e dos meus colegas. Tenho muitas recordações das nossas brincadeiras que eram todas feitas na rua. Naquela altura as nossas mães eram domésticas e passavam muito tempo connosco. Haviam sempre muitas crianças nas ruas de Palmela, rapazes e raparigas. Há cerda de dois anos realizámos um jantar de amigos de rua e recordámos os tempos de crianças.

 

O primeiro amor…

Sempre fui um homem de paixões. Mas o meu primeiro amor foi por uma menina da escola primária. Foi um amor inocente. Ainda hoje somos amigos.

 

E o primeiro emprego…

Na Marinha, era maquinista naval. Tinha 20 anos.

 

Como é a sua casa? Como a define?

Devido á minha situação profissional saio de casa muito cedo e regresso muito tarde. É uma casa boa, acolhedora, com todas as comodidades, compatível, confortável e simples. Tenho lá o meu aconchego.


O que pensa do Mundo?

Podia ser melhor se todos nós fizéssemos a nossa parte que tem a ver com a nossa educação e a responsabilidade com que cada um de nós deve ver o mundo e deve ter para com ele. Se olharmos em nosso redor vemos uma perfeição de Deus. Não devemos estragar o mundo. Hoje o mundo está diferente.

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Ainda não. Estou muito longe da perfeição. Contudo reconheço que todos nós temos um papel neste mundo. Este é o meu. Sou uma pessoa multifacetada. Tenho essa capacidade idealista e quando faço algo é para que seja por gosto e paixão.

 

Como se resolve a crise?

Não existe crise. Acho que a crise é psicológica, é algo invisível, é um sentimento que se espalha entre as pessoas. A crise não se vê, não é palpável. A crise tem a ver com a educação e a responsabilidade de cada um e a forma de gerir os seus bens.

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Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Foi Deus que criou o Homem. Sou crente. Deus é um ser perfeito que criou a Terra, os animais e a natureza. Deus é um sistema perfeito e o Homem é imperfeito.

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Em questões profissionais mudaria tudo porque deixei o destino decidir o meu destino. Se fosse hoje seria eu a desenhar o meu destino. O que vivemos hoje é aquilo que sonhámos ontem.

 

Que faz no presente e que projetos para o futuro?

Faço o que gosto de fazer. O meu trabalho está relacionado com a gastronomia, nomeadamente, a doçaria. Sou um estudioso. Oiço os mais antigos e transmito já os meus conhecimentos. Sou proprietário da Confeitaria São Julião. No futuro quero continuar a desenvolver esta atividade.

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino:

Madeira

 

Um Livro:

O poder está entre nós

 

Uma Música:

Porque queramos vernos (Matias Damásio)

 

Um Ídolo:

O meu pai

 

Um prato:

Bife com batatas fritas da minha avó

 

Um conceito:

O amor vence tudo

 

 

 

publicado por Joaquim Gouveia às 15:21

“ACREDITO QUE NÃO SOMOS EFÉMEROS”

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Nuno Batalha é músico na banda da Armada e dirige vários coros em Setúbal. Começou muito cedo na aprendizagem da música, arte pela qual é apaixonado e tem dedicado a sua vida. Entrou para os quadros permanentes da Marinha, com apenas 18 anos de idade, já com o 8º grau de conservatório. Pensa que o mundo carece de mais atitude e ação e que o Homem não é efémero. Não sabe como resolver a crise mas é feliz porque gere bem as suas finanças. O seu destino preferido é Bora Bora e adora leitão á bairrada.

 

Como foi a sua infância?

Tive uma infância muito feliz. Tive também o meu primeiro contato com a música na Sociedade Humanitária de Palmela, vila onde morava. Comecei logo aos 6 anos e aos 8 já tocava na banda filarmónica dessa sociedade. Na verdade, eu queria tocar clarinete, mas como tinha a mão pequena não conseguia e por isso tive de tocar requinta durante bastante tempo. Na escola fui um excelente aluno em termos de aproveitamento. Quando cheguei à primária já lia, escrevia e fazia contas. Talvez por isso, em termos de comportamento não fui um excelente exemplo. De resto, tinha imensos amigos e, para além da música, o meu passatempo preferido era jogar futebol.

 

O primeiro amor…

Foi uma vizinha. Tinha 10 anos. Brincávamos aos namorados.

 

E o primeiro emprego…

Foi a Marinha. Com 18 anos, depois de terminar o 12º ano de escolaridade e o 8º grau de conservatório. Os meus pais permitiram que optasse por continuar a estudar ou ir trabalhar. Como o gosto pela música já era muito intrínseco optei por concorrer a uma vaga na Banda da Armada, para onde entrei para os quadros permanentes.

 

Como é a sua casa? Como a define?

É um espaço familiar e acolhedor que por questões de trabalho acaba quase por ser um dormitório por passar lá muito menos tempo do que gostaria. No entanto é um espaço imprescindível na minha vida onde tenho oportunidade de refletir sobre os projetos profissionais e pessoais.


O que pensa do Mundo?

Acho que carece de mais atitude e ação do que de teorização sobre a melhoria de vida do ser humano. O desenvolvimento da nossa humanidade não acompanhou o desenvolvimento intelectual. Existe demasiada gente prepotente, egocêntrica e invejosa.

 

 

 

 

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Diz-se que todo o ser humano deve plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Acho que prescindo do livro. No entanto, ainda me falta percorrer um longo caminho. A minha atividade profissional permite ao público apenas o bem-estar momentâneo. Adorava que esse efeito fosse mais duradouro nas pessoas. Dessa forma sentiria que a minha contribuição para a humanidade seria bem mais significativa.

 

Como se resolve a crise?

Não sei. É suficientemente gratificante para mim saber gerir bem as minhas finanças.

 

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Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Acredito que não somos efémeros. Sou crente.

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Não mudaria absolutamente nada. Se voltasse atrás as minhas experiências e vivências seriam as mesmas, portanto tomaria exatamente as mesmas opções.

 

Que faz no presente e que projetos para o futuro?

Sou músico da Banda da Armada. Dirijo o Coral Infantil de Setúbal, o Coro Feminino TuttiEncantus, o Coro do Município de Setúbal, sou maestro adjunto do Coro Setúbal Voz e colaboro com a Divisão de Cultura da Câmara Municipal de Setúbal. Para além disso tenho duas filhas. O futuro vou construindo com base na minha felicidade e na felicidade das minhas filhas.

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino:

Bora Bora

 

Um Livro:

Um (Richard Bach)

 

Uma Música:

Sinfonia nº 8 (Mahler)

 

Um Ídolo:

Não idolatro

 

Um prato:

Leitão à Bairrada

 

Um conceito:

“Inside my heart is breaking, my make-up may be flaking but my smile still stays on”

 

 

 

publicado por Joaquim Gouveia às 15:17

“SÓ JUNTOS PODEMOS ULTRAPASSAR QUALQUER CRISE”

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Mário Leandro tem o propósito na vida de levar o seu FC Setúbal, o mais longe possível. Fundador, dirigente e treinador do clube emprega todos os esforços numa caminhada que o enche de orgulho querendo oferecer à cidade um clube novo e dinâmico. Esteve imigrado no Luxemburgo, durante alguns anos da sua vida. Tem recordações muito gratas da sua infância ao lado dos pais e do irmão. Tem o sonho de mudar o mundo e ganhar muito dinheiro para investir nos mais carenciados. Para si a crise só se ultrapassa com a reação de todos. No seu entender Deus é magnífico e embora seja crente não perfilha qualquer religião. Setúbal é o seu destino preferido

 

Como foi a sua infância?

Nasci no hospital de Santa Maria, em Lisboa, em 1964, ás 08:30h da manhã. Tenho memórias entre os 6 e os 10 anos. A entrada na escola que, no entanto, frequentei pouco durante os dois primeiros anos. Ía à pesca, aos pássaros, comer fruta nas árvores e muita brincadeira. No entanto passei todos os anos. Nunca reprovei. Os meus pais vendiam peixe de porta a porta e depois estabeleceram-se na praça do Pinhal Novo e mais tarde em Setúbal. Tive sempre muita liberdade. Tenho um irmão. Em 1974 fomos para o Luxemburgo, como imigrantes clandestinos.

 

O primeiro amor…

Penso que tinha 17 anos. Foi no liceu com uma italiana de Roma. Mais tarde voltei a encontrá-la. Foi apenas um namoro de juventude.

 

E o primeiro emprego…

Num banco, no Luxemburgo, na parte informática. Ganhava 500 euros.

 

Como é a sua casa? Como a define?

A minha casa é a minha família. É muito acolhedora. É uma casa aberta a todos. O ponto mais forte dos setubalenses é o acolhimento. Sinto-me muito bem na minha casa. A decoração está ao gosto da minha mulher.


O que pensa do Mundo?

O meu sonho é mudar o mundo. Um dia quero ganhar 10 milhões de euros com o futebol e pegar em 5 milhões e investir nas situações mais carenciadas. Ou seja, ajudar quem mais precisa e sobretudo sensibilizar todos os grandes bilionários para se juntarem a essa causa.

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Em parte sim, pela família que tenho e pelo percurso realizado. Tive um acidente de percurso que transformou de certa forma a minha vida. No entanto luto para que as coisas resultem e consiga ultrapassar esse incidente.

 

Como se resolve a crise?

Temos que acordar, temos que reagir. Só juntos podemos ultrapassar qualquer crise, seja económica, seja de valores. Tem que haver reação de todos.

 

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Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Deus é magnífico. Deus é tudo e deu-nos tudo. Nós não temos nada para lhe dar. Deus é o criador. Sou crente mas não tenho religião.

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Agora não vale a pena pensar nisso. Já não posso mudar nada. Tinha que pensar muito bem, mas agora já não penso mais. O que está feito, feito está.

 

Que faz no presente e que projectos para o futuro?

Sou fundador, presidente e treinador do F.C. Setúbal. Por outro lado, sou também empresário do ramo automóvel. A minha motivação passa pelo facto de querer ver os outros felizes.


CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino:

Setúbal

 

Um Livro:

A Bíblia

 

Uma Música:

I got you under my skin (Frank Sinatra)

 

Um Ídolo:

Deus

 

Um prato:

Lulas grelhadas

 

Um conceito:

Levar a vida da forma mais simples possível

 

 

 

publicado por Joaquim Gouveia às 15:07

“O HOMEM TEM QUE OLHAR PARA SI E RESPEITAR-SE”

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Manuel Véstias nasceu num monte alentejano. Privou com muitas limitações e começou a trabalhar muito cedo. Os seus pais eram analfabetos mas muito importantes na forma como desenvolveu o seu crescimento. Na escola foi um aluno razoável e no mundo laboral tem realizado o seu caminho a preceito. É autarca, técnico de qualidade e pequeno empresário. Não é crente e por isso acredita que foi o Homem quem criou o enigma chamado Deus. Depois de cumprir o seu atual mandato na autarquia do Sado, sente-se com coragem para abraçar projetos sociais. Álvaro Cunhal é o seu ídolo.

Como foi a sua infância?

Sou natural do concelho do Alandroal, Santiago Maior, distrito de Évora. Nasci no monte Alto, monte alentejano. A minha mãe era criada de servir e o meu pai trabalhador agrícola. Fiz a escola num local que se chama Seixo. Fui um aluno razoável. Os meus pais eram analfabetos. Existiam muitas dificuldades a todos os níveis. Felizmente nunca passei fome mas tive uma infância com muitas limitações. Tínhamos uma alimentação sem frigorífico. Não havia casas de banho, nem luz elétrica. Tínhamos um fogão a petróleo. Trabalhava-se muito, de sol a sol. Vivi tudo isto e hoje sinto uma certa revolta.

 

O primeiro amor…

Não foi a minha mulher, foi uma rapariga que era vizinha da minha tia que vivia a 5 km de distância. Ainda namorámos algum tempo. Eu era bastante namoriscadeiro mas com responsabilidade. Sou casado há 35 anos.

 

E o primeiro emprego…

Desde que me lembre sempre trabalhei. Depois da escola primária não quis continuar os estudos e aos 11 anos fui guardar vacas com o meu pai. Ganhava 500 escudos por mês.

 

Como é a sua casa? Como a define?

Vivo numa cooperativa de habitação numa moradia de habitação social. Tenho um quintal com horta e com árvores. É uma casa muito acolhedora de portas abertas para a família e para os amigos. Tenho todas as condições necessárias a uma boa vivência.


O que pensa do Mundo?

Olho para o mundo com muita preocupação. Quem está neste planeta não se respeita. Quando nascemos não temos nada e passamos a usufruir dos bens familiares. O Homem tem que olhar para si e respeitar-se e inventar a sua sobrevivência. Preocupa-me a fome, a guerra, a poluição e a exploração do Homem pelo Homem.

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Sem dúvida e muito afirmativo. A partir do momento em que fui tropa sempre trabalhei por conta de outrém. Estive sempre ligado ao movimento associativo. Sou do Partido Comunista Português desde 1982 e autarca desde 1997. Sou um homem realizado e de bem com a vida.

 

Como se resolve a crise?

Olhando para o país com investimento que terá que ser superior às amortizações. A nossa competitividade deve ser ativa e atualizada. Os investimentos têm que criar empregabilidade que gera consumo. Os empresários têm que ser dignos e de referência e gerar postos de trabalhos dignos.

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Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Não sou crente. Acredito no Homem. Acho que foi o Homem quem criou esse enigma.

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Não quero voltar atrás. Nunca me senti perdido. Só se fosse para recuperar a minha mãe. Só nesse sentido.

 

Que faz no presente e que projetos para o futuro?

Sou presidente da Junta de Freguesia do Sado, trabalho na AutoEuropa, como técnico de qualidade e sou micropequeno empresário. Sou um homem de desafios. Estou no último mandato na junta que quero levar até ao fim sempre com a mesma dignidade e humildade. Depois, certamente aparecerão projetos sociais para realizar.

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino:

Cabanas de Tavira

 

Um Livro:

Paredes de Vidro (Álvaro Cunhal)

 

Uma Música:

Grândola Vila Morena (José Afonso)

 

Um Ídolo:

Álvaro Cunhal

 

Um prato:

Açorda de alho com sardinhas assadas

 

Um conceito:

Respeitar os outros

 

 

 

publicado por Joaquim Gouveia às 15:04

“QUERO CONTINUAR A TRABALHAR COM AFINCO”

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Gilcimar Silva é um jovem empresário de Minas Gerais, no Brasil radicado em Setúbal, onde é proprietário de um estabelecimento comercial. Filho de pai analfabeto e de mãe doméstica sentiu os tempos difíceis que a infância lhe reservou. No entanto teve bom aproveitamento escolar tendo tirado licenciatura. Pensa que o mundo está a caminhar para um caminho sem volta e que a crise só se resolve dando condições às pessoas. Não é crente em Deus, apesar de acreditar que existe algo acima do Homem. Adora Setúbal e o seu ídolo é Ayrton Senna.

 

Como foi a sua infância?

Nasci em Minas Gerais, no Brasil mas sempre vivi na cidade de Vitória, no estado do Espírito Santo. Tive uma infância dura com tempos difíceis. Sou filho de pai analfabeto e de mãe doméstica. Ganhavam pouco e tinham três filhos para sustentar. Na escola fui sempre um bom aluno. Nunca chumbei até ao 12º ano. Concluí a minha licenciatura. Brincava bastante com os meus amigos. Lembro-me de viver numa barraca em cima de um manguesal.

 

O primeiro amor…

Foi uma amiga de escola. Tinha doze anos. Foram apenas uns beijos inocentes.

 

E o primeiro emprego…

A carregar areia em carros de mão para os quintais das pessoas. Tinha dez anos e ganhava 10 centavos de real.

 

Como é a sua casa? Como a define?

É uma casa acolhedora onde mora uma família feliz. É o meu porto de abrigo. É uma casa simples e muito tranquila.


O que pensa do Mundo?

Está a caminhar para um caminho sem volta porque a sociedade está a idealizar algo que não faz com que tenhamos expectativa de um futuro melhor.

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Sim. Tendo em conta a minha infância e o curto percurso pessoal e profissional e académico, ser licenciado aos 32 anos e dar emprego a várias pessoas torna-me um homem realizado.

 

Como se resolve a crise?

Dando condições às pessoas. Os países fazem-se com as pessoas em primeiro lugar. Só faz sentido falar em resolver a crise se falarmos nas pessoas.

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Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

O Homem criou Deus. Não sou ateu mas também não acredito em Deus. Acredito que há algo acima de nós mas não neste Deus de que falam.

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Nada. Acredito que fiz tudo bem feito.

 

Que faz no presente e que projetos para o futuro?

Sou empresário da restauração. Quero continuar a trabalhar com afinco como até aqui.


CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino:

Setúbal

 

Um Livro:

A Culpa é das Estrelas (John Green)

 

Uma Música:

Love by grace (Lara Fabian)

 

Um Ídolo:

Ayrton Senna

 

Um prato:

Entremeada grelhada

 

Um conceito:

Cá se faz, cá se paga

 

 

 

publicado por Joaquim Gouveia às 14:59

“ENTENDO QUE A VIDA É O PERCURSO DE CADA UM”

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Francisco Casas Novas é natural do concelho de Arraiolos. Depois de uma passagem por Lisboa acabou por se fixar em Setúbal e aqui levar por diante o seu projeto de vida. Teve uma infância feliz e de certo modo privilegiada. Foi bancário mas a sua grande paixão terá sido sempre o jornalismo desportivo. Começou por escrever para o antigo Mundo Desportivo e, mais tarde fixou a sua escrita n´O Setubalense. Sobre o mundo pensa que está muito conturbado e sobre a melhor resolução para a crise apela ao sentido de equilíbrio. Indira Ghandi é a personalidade que mais admira.

Como foi a sua infância?

Tive uma infância perfeitamente normal e feliz. Vivia na aldeia pobre onde nasci em São Gregório, no concelho de Arraiolos. Os meus pais eram pequenos comerciantes. Somos 3 irmãos. Muito cedo comecei a ganhar apetência pelo aspeto social porque nós vivíamos bem em relação à maior parte das pessoas da aldeia. Naquela altura eu e os meus irmãos éramos os únicos rapazes que tínhamos botas para calçar. As outras crianças andavam descalças. Os meus pais tinham uma padaria e uma pequena tasca e na altura já fiavam ás pessoas que pagavam no fim do mês. As pessoas eram muito sérias. Eu fui o primeiro jovem que saiu da escola primária e continuou os estudos. Fui um bom aluno. Tive muita brincadeira. Gostava muito de jogar hóquei em patins, sem patins como se fazia na altura.

 

O primeiro amor…

Uma rapariga que andava comigo na escola primária. Namorámos até aos 16 anos. Foi uma relação que durou 6 anos. Ficámos amigos mas cada um seguiu o seu caminho.

 

E o primeiro emprego…

Nos correios do Aeroporto, em Lisboa. Penso que ganhava 3 contos e 300. Só trabalhava à noite. De dia aproveitava para escrever para o jornal Mundo Desportivo.

 

Como é a sua casa? Como a define?

É uma casa normal onde tento que nada falte em termos de conforto. Hoje vivo só com a minha mulher, temos os filhos criados. É uma casa confortável onde nos sentimos muito bem. É o meu refúgio.


O que pensa do Mundo?

Hoje é muito conturbado. Penso que estamos a viver uma transformação muito grande do mundo. Estamos a atravessar os efeitos de mais uma mudança importante depois do aparecimento do fogo, da energia, do bronze, etc., hoje vivemos os tempos da informática e da tecnologia. É um mundo apaixonante mas permite o mau uso da informática como a alienação que pode trazer o lado negativo de uma coisa que é mesmo apaixonante. A tecnologia é uma ferramenta também ao alcance das forças negativas que atingem fins e influenciam de forma negativa a própria sociedade.

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Sim. Profissionalmente fui um bancário que atingiu um ponto máximo possível subindo pulso a pulso. Humanamente continuei a fazer o que mais gostava que era o jornalismo, primeiro no Mundo Desportivo e depois n´O Setubalense, a convite do Armando Trindade. Depois tive um bom casamento o qual gerou dois filhos maravilhosos que têm a sua vida estabilizada.

 

Como se resolve a crise?

Se todos os cidadãos participarem ativamente na sociedade com sentido de equilíbrio. As pessoas muitas vezes só reclamam os direitos esquecendo os deveres. Isso ajudaria bastante a resolver o problema com o dever da cidadania. Não podemos perder o sentido humanístico. Para lá dos números existe também a análise das pessoas. É necessário equilíbrio.

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Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Só sei que nada sei e respeito todas as correntes de opinião salvaguardando a não entrada no radicalismo.

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Sou uma pessoa feliz. Entendo que a vida é um percurso de cada um. No essencial não mudava nada.

 

Que faz no presente e que projectos para o futuro?

A doença grave que me atingiu reforçou-me a ideia que já tinha que é a de saber viver o presente porque estamos no último ciclo. Hoje estou num circulo de paz comigo próprio e com os outros e tranquilo sobretudo porque aprendi que a vida é tão efémera que não vale a pena confrontar-me com coisas que às vezes até considero ridículas.


CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino:

Itália

 

Um Livro:

Cem Dias de Solidão (Gabriel Garcia Marquez)

 

Uma Música:

Nascer Selvagem (Ressitência)

 

Um Ídolo:

Indira Ghandi

 

Um prato:

Caldeirada de bacalhau

 

Um conceito:

A humildade é conceito sempre presente

 

 

 

publicado por Joaquim Gouveia às 14:54

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