“O MUNDO É UM LUGAR BOM PARA SE VIVER”
* COM O APOIO DO “HOTEL DO SADO
José Pedro Calheiros é um empresário - técnico de turismo muito empenhado na valorização de um sector que tem a certeza está em crescimento e trás riqueza ao nosso país. Aos 27 anos fundou a sua própria empresa, a SAL – Sistemas de Ar Livre e, desde então, nunca mais parou nesta sua aventura de ser um agente de turismo largamente credenciado e conhecedor dos produtos locais e nacionais. Não é crente em qualquer religião preferindo ser católico cultural e agnóstico conceptual. Acredita que o mundo é um lugar muito bom para se viver cheio de pessoas boas.
Como foi a sua infância?
Tive uma infância muito feliz. A minha família era muito equilibrada com elevados padrões morais. Senti uma vivacidade social motivada pelo facto de eu ter apenas seis anos quando se deu o 25 de abril de 1974. Frequentei a antiga escola do bairro Salgado, onde fui um aluno daqueles que se sentavam nas primeiras carteiras. A minha professora primária ainda é viva e chama-se Maria Mercês Monteiro. Morávamos na Avenida Bento Gonçalves, entre o Quebedo e o Aranguês. Aliás, a minha família foi a primeira a viver naquela avenida. Tinha sempre muitos amigos com quem brincava bastante. Lembro-me de brincar com o filho do Pedroto, que era o treinador de futebol do Vitória. A minha família tinha uma casa na Aldeia Grande, onde passávamos as férias de verão. O ambiente familiar era de exceção positiva.
O primeiro amor…
Aconteceu quando tinha cerca de 20 anos dentro do grupo de jovens paroquianos de S. Sebastião. As coisas evoluíram naturalmente como é normal nessas idades.
E o primeiro emprego…
Nunca tive emprego. Nunca enviei o meu currículo para qualquer empresa. Fundei a minha própria firma quando tinha 27 anos.
Como é a sua casa? Como a define?
É um espaço acolhedor e que tento que seja o mais organizado possível e com as ofertas básicas para a vida sem luxos. Não tenho o culto da casa.
O que pensa do Mundo?
É um lugar bom para se viver em que a maior parte das pessoas são boas, comprometidas e que lutam pela construção de uma felicidade global. No entanto a visão e o imediatismo que temos hoje do mundo leva a acreditar que ele é muito pior do que o é na realidade.
Sente-se realizado humana e profissionalmente?
Completamente. Do ponto de vista humano estou de bem comigo próprio e com as pessoas que me rodeiam e com as outras que nem conheço. Profissionalmente tenho a melhor profissão do mundo. Trabalho num sector absolutamente apaixonante onde o prazer, o divertimento e a motivação têm sido uma constante. Não há pessoas más a trabalhar no turismo.
Como se resolve a crise?
Precisamos de menos Estado, maior boa vontade com a iniciativa privada e com a criação de riqueza e um combate severo à corrupção e compadrio e uma maior produtividade no desenvolvimento profissional.
Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?
Sou cristão e católico do ponto de vista cultural e agnóstico do ponto de vista conceptual. Não tenho qualquer crença na existência de algo a mais que a materialização do corpo.
Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?
Penso que não mudaria nada.
Que faz no presente e que projectos para o futuro?
Atualmente tenho em mãos responsabilidades diversas na área da estruturação de produtos turísticos de natureza e um trabalho intenso na consolidação do turismo de Portugal, como fator de criação de riqueza. É esta a linha que pretendo seguir num futuro próximo.
CAIXA DAS PALAVRAS
Um destino:
Portugal
Um Livro:
1984 (George Orwell)
Uma Música:
One more kiss diar (Don Percivel e Vangelis)
Um Ídolo:
Não tenho
Um prato:
Couve lombarda com salsichas
Um conceito:
Trabalho e criação de riqueza