Entrevistas de JoaQuim Gouveia

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"O HOMEM NÃO É PERFEITO"

 

Fernanda Pésinho é vereadora na Câmara Municipal de Palmela. Teve uma infância feliz nesta vila com muito amor da família e brincadeiras em comunhão com os amigos e as amigas. Teve a sua primeira experiência profissional na antiga Rádio Pal, a convite da sua professora de jornalismo. Sobre o mundo pensa que há muitas desigualdades e que o Homem não é perfeito. Para si a crise resolve-se quando a economia servir as pessoas e não o contrário. Gostava de ir ao Egipto e o seu ídolo é Nélson Mandela.

 

Como foi a sua infância?

Maravilhosa. Diria mesmo, o período mais feliz da minha vida, vivida com muito amor dos pais, irmão e avós, em grande liberdade e ao milésimo de segundo, com a prática desportiva e cultural, ballet, ginástica, acampamentos, teatro. Brinquei sem limites, afortunada de brinquedos mas sempre sabendo partilhar com os demais, em comunhão com muitas amigas e muitos amigos, com a vivência do espaço público (que hoje não existe), caindo de cansaço quando para a cama ia, com o pensamento de “missão cumprida”: tudo o que me dava gozo, havia feito!

 

O primeiro amor…

Se é que se pode chamar primeiro amor (paixão de infância), um colega da ginástica,  andava eu na primária. Primeiro amor à séria, o pai do meu filho.

 

E o primeiro emprego…

A minha primeira experiência profissional, ainda como estudante, foi a tempo parcial como repórter/jornalista na Rádio Pal, a convite da minha professora de Iniciação ao Jornalismo. Com o meu primeiro vencimento de 30 contos (julgo) ofereci um jantar aos meus pais e irmão como forma de mostrar gratidão por todo o amor e “investimento” em mim.

   

Como é a sua casa? Como a define?

É harmoniosa, com muito vidro, onde nos sentimos sempre em contacto com o espaço exterior, a natureza. O meu porto de abrigo. Onde me sinto segura, confortável, sem necessidade de para outro lado ir.

                                

O que pensa do mundo?

Um lugar lindo, cheio de potencialidades, nem sempre bem aproveitado, interpretado e “comandado”, no sentido da governança... E por isso com injustiças, grandes desigualdades, crise de valores... o homem não é perfeito... Mas também com gente boa e linda, que pode e deve fazer a diferença!

  

Sente-se realizada humana e profissionalmente?

Até à data sim. Recebi dos meus pais a melhor herança, os princípios e valores imprescindíveis para viver em sociedade. Profissionalmente, tenho feito o que gosto.

 

Como se resolve a crise?

Não tenho a veleidade de ter a solução, pois os interesses em jogo são tantos e o poder de uns sobre outros é de tal forma desequilibrado, que não é fácil mudar. Mas uma coisa tenho como certa, enquanto o poder enconómico se sobrepuser ao poder político (que se quer imparcial, prosseguindo o interesse público) as desigualdades e as injustiças permanecerão, pois no vértice da pirâmide está a mira do lucro ao invés de estarem as pessoas e suas necessidades. A economia deve servir as pessoas e não o inverso.

 

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Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Essa dialética tem muito para se escrever... Contudo, tenho para mim que “existe um ser superior”, “uma força superior” – força cósmica – responsável pela nossa criação. Mas considero que há uma explicação científica. Em momentos específicos da minha vida, fui buscar forças a um “Deus” que tudo pode, mas noutros momentos sou cética, pois esse “DEUS” que tudo pode parece estar distraído. Deixo, por isso, a explicação para os teleologistas e teólogos.

                               

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Nada de relevante. Mas tímida que sou, teria concretizado algumas experiências que não tive a coragem de encetar, mas algumas ainda vou a  tempo... assim espero, pois uma delas é ter mais tempo para mim e para os que amo!

 

Que faz no presente e que projectos para o futuro?

Sou Vereadora na Câmara Municipal de Palmela, o que muito me honra por ter merecido a confiança das pessoas e assim servir a minha comunidade. Costumo viver o dia a dia e não tenho hábito de efetuar planos para o futuro, pelo que não tenho nenhum projeto pensado.

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino: Egipto

 

Um livro: O Perfume (Patrick Suskind)

      

Uma música: SHE (Elvis Costello)

   

Um ídolo: Nelson Mandela

 

Um prato: Favas Guisadas com chourico, toucinho e entrecosto!

     

Um conceito: Solidarieidade – Um conceito aglutinador de muitos outros e essencial nas relações humanas

 

 

 

 

 

publicado por Joaquim Gouveia às 13:53

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