Entrevistas de JoaQuim Gouveia

14
Jan 19

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“FALTA-ME SER MISSIONÁRIA EM ÁFRICA”

 

Tânia Charneca é a presidente do Grupo Desportivo e Recreativo 1º de Maio da Varzinha. Teve uma infância marcada pela vivência do campo, no sítio das Pontes, onde havia liberdade para se brincar e divertir. Pensa que o mundo é muito bonito mas o ser humano, devido ao seu egoísmo, não o aproveita da melhor forma. Para si a crise é um ciclo vicioso sem solução. Falta-lhe ser missionária em África para se sentir realizada na vida. Gostava de ir ao Alasca, leu “A Cabana” e adora Pézinhos de coentrada.

 

Como foi a sua infância?

Nasci em Setúbal, em casa porque a minha mãe assim o entendeu. A minha infância foi passada nas Pontes, onde o meu pai tinha uma oficina de construções metálicas. Foi uma infância espetacular passada no campo com liberdade total para se brincar e se divertir. Estudei no Externato Luísa Tódi, muito pitoresco e que era dirigido pela professora Maria de Lurdes, que era açoriana. O externato só tinha duas salas de aulas com as professoras Anabela e Branca. Fui boa aluna. Nunca reprovei.

 

O primeiro amor…

Foi o meu primeiro filho. Nós mulheres só sabemos o que é amar quando temos o primeiro filho. Para mim amar é cuidar.

 

E o primeiro emprego…

No Centro Comercial do Bonfim, no pronto a vestir Luciano Papa. Ganhava 25 contos por mês.

 

Como é a sua casa? Como a define?

É o abrigo onde recarrego as minhas baterias. Nunca levo os meus problemas para dentro de casa que é um local sagrado. A minha casa é o meu lar, o meu ninho.

 

O que pensa do Mundo?

O mundo é muito bonito mas é pena que não o saibamos aproveitar da melhor maneira. Temos recursos fantásticos que não sabemos estimar. As pessoas estão cada vez mais egoístas e introvertidas. É muito bom podermos acordar, ver o sol e respirar.

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Tenho um sonho por realizar que era ser missionária. Adorava ir para África, ajudar, fazer trabalho comunitário e voluntariado. Falta-me esta missão para me sentir humanamente realizada. Profissionalmente só me sinto realizada quando trabalho em prol dos outros. No passado tenho algumas situações onde dei de mim aos outros e à comunidade.

 

Como se resolve a crise?

A crise é um ciclo vicioso que não tem solução. Para haver pobres tem que haver ricos. Para haver justiça tem que haver injustiça e por aí fora…

 

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Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Sou crente numa força superior. Para mim existe algo superior ao ser humano que nos orienta e nos ilumina. O Homem criou o seu Deus, para se justificar. No entanto há quem acredite e respeite Deus, que nos fez à sua suposta imagem.

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Não mudaria nada. Tudo o que nos acontece tem um porquê, seja bom ou menos bom, para crescermos.

 

Que faz no presente e que projetos para o futuro?

Sou presidente do Grupo Desportivo e Recreativo 1º de Maio da Varzinha e empresária na área da manutenção fabril. Vou estar sempre ligada ao movimento associativo até que me seja possível.




CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino:

Alasca

 

Um Livro:

A Cabana (William Young)

 

Uma Música:

Melodia do desespero (Righteous Brothers)

 

Um Ídolo:

Não tenho

 

Um prato:

Pézinhos de coentrada

 

Um conceito:

Uma equipa não é um conjunto de pessoas que trabalham juntas mas sim um conjunto de pessoas que confiam umas nas outras

 

 

publicado por Joaquim Gouveia às 09:31

11
Jan 19

Com o apoio do HOTEL DO SADO

 

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“O MUNDO É UM BARRIL DE PÓLVORA”

 

António Velez é presidente do Conselho Administrativo da Cooperativa de Habitação Económica Che-Setúbal. Nasceu em Luanda, onde viveu até aos 20 anos de idade. Teve uma infância feliz admitindo que nunca encontrou situações de racismo vivendo mesmo sem estigmas. Pensa que o mundo é um barril de pólvora que pode ser detonado a qualquer momento. Diz que os animais respeitam-se melhor entre si que os seres humanos. Está aposentado com a sensação do dever cumprido depois de 40 anos de trabalho na função pública. O seu destino preferido é a Andaluzia, gosta de ouvir Maurice Revel e é fã de José João Zoio.

 

Como foi a sua infância?

Nasci em Luanda, onde vivi até aos 20 anos. Tive uma infância feliz e descontraída. Nunca encontrei situações de racismo mesmo naquela altura. Vivi sempre sem estigmas. Tinha uns amigos que moravam por baixo da minha casa com quem brincava bastante. Tínhamos um gindungueiro que é um arbusto que faz o gindungo, uma espécie de piri-piri. Mastigávamos aquilo para ver quem aguentava mais tempo. Na escola fui um aluno médio. Lembro-me que a escola era frequentada por brancos e negros.

 

O primeiro amor…

Foi com uma vizinha em Luanda. Tinha 18 anos. Ainda namorámos algum tempo. Acabou porque a família dela regressou mais cedo a Portugal, depois da descolonização.

 

E o primeiro emprego…

Na direção dos serviços de comércio em Luanda. Era técnico de boletins de importação, um trabalho muito bem pago.

 

Como é a sua casa? Como a define?

É uma casa simples de habitação social numa cooperativa que é a Che-Setúbal. É o meu porto de abrigo confortável e tranquilo.

 

O que pensa do Mundo?

Acho que o mundo é um barril de pólvora que de um momento para o outro pode ser detonado. É um mundo cão com muitas desigualdades e guerras. Há muita gente a passar fome e a viver nas ruas. Mas gastam-se fortunas em armamento. É um paradoxo. Os animais respeitam-se melhor entre si do que as pessoas.

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Profissionalmente estou aposentado mas sentindo a missão cumprida. Foram 40 anos de função pública. Pessoalmente procuro ser um melhor ser humano a cada dia que passa. Preocupo-me bastante com os outros.

 

Como se resolve a crise?

Temos que acabar com a corrupção e os compadrios. A crise é uma caixa de pandora. Quando se começa a mexer vamos por aí fora sem fim.

 

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Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Sou católico não praticante. A minha visão da igreja católica não é a melhor. Acredito que há uma força superior que domina isto tudo e tem poder sobre as pessoas. Não sei se é Deus.

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Não teria permitido a entrada de pessoas erradas na minha vida. Ainda acredito muito nas pessoas porque não tenho maldade.

 

Que faz no presente e que projetos para o futuro?

Sou presidente do Concelho Administrativo da Cooperativa de Habitação Económica Che-Setúbal. Dou apoio à minha filha e netos. O futuro a Deus pertence mas gostaria de concretizar alguns projetos com que tenho sonhado.




CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino:

Andaluzía

 

Um Livro:

A inglesa e o marialva (Clara Macedo Cabral)

 

Uma Música:

Bolero (Ravel)

 

Um Ídolo:

José João Zoio

 

Um prato:

Torricado de bacalhau com mangusto

 

Um conceito:

Não faças aos outros o que não queres que não te façam a ti

 

 

publicado por Joaquim Gouveia às 14:32

10
Jan 19

Com o apoio do HOTEL DO SADO

 

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“OS PORTUGUESES SÃO UM POVO ACOMODADO”

 

José Martinez é professor de educação física e presidente do Clube de Ginástica de Portugal. Viveu na cadeia de Setúbal, onde o seu pai era guarda prisional e chegou a brincar com alguns reclusos. Começou a trabalhar nas férias de verão e procura que a sua casa seja o seu ponto de encontro. Pensa que os portugueses são um povo acomodado. Diz-se homem das ciências e não acredita na existência de Deus. Lê livros técnicos, gosta de Beatles e de marisco.

 

Como foi a sua infância?

Sou natural de Setúbal, onde sempre vivi. Frequentei a escola primária do Bairro Salgado e fui aluno do professor Sérgio, que era diretor da escola e, por isso, acabava por não ter tempo para os alunos e muitas vezes ficávamos sozinhos na sala de aulas. Pelo menos é essa a reflexão que faço. As brincadeiras eram todas passadas na rua. Vivia na cadeia de Setúbal, onde o meu pai era o guarda. Conheço aquele edifício por dentro e por fora. Por vezes brincava com os reclusos de confiança. O meu pai chegou a ser o único guarda da cadeia.

 

O primeiro amor…

Lembro-me da primeira namorada no ciclo Bocage, mas o primeiro amor foi mesmo pela minha mulher.

 

E o primeiro emprego…

Num programa camarário de férias de verão a lavar as ruas. Não me lembro de quanto ganhava.

 

Como é a sua casa? Como a define?

Procuro que a minha casa seja o meu porto de conforto com condições de trabalho porque faço muito do meu trabalho em casa. É simples e confortável. Tenho um canto numa janela por onde vejo o nosso rio.

 

O que pensa do Mundo?

Estamo-nos a afundar. O caminho é descendente porque temos governantes que são políticos e não querem ser governantes. Isso provoca um desequilíbrio. Prometem muito e cumprem muito pouco. Temos que bater no fundo para que as pessoas acordem e se revoltem contra a situação. Os portugueses, por exemplo, são um povo muito pacífico e acomodado.

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Sim. Profissionalmente sinto-me muito bem quando algumas pessoas me dão os parabéns pelo trabalho realizado com elas há muitos anos enquanto crianças e jovens e que não me esqueceram, o que demonstra que as marquei no seu percurso de vida e de forma positiva. Pessoalmente sinto-me muito bem com uma família estável.

 

Como se resolve a crise?

Com honestidade e vontade tudo se resolve, até a crise. Quando os políticos deixarem de ter as mordomias que têm.

 

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Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Sou um homem das ciências e sei que ainda não foi provada a existência de Deus. Logo foi o Homem quem criou Deus, com a sua necessidade de crença e de resolução dos problemas.

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Pequenas coisas como o curso de Aeronáutica que tirei nos Estados Unidos. Hoje não parava a minha vida por causa disso. Ía fazendo.

 

Que faz no presente e que projetos para o futuro?

Sou presidente do Clube de Ginástica de Portugal, professor de educação física e treinador de ginástica. Sinto-me privilegiado com todos os resultados que alcancei mas vou continuar na minha senda evoluindo e aprendendo.




CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino:

Estados Unidos

 

Um Livro:

Leio livros técnicos

 

Uma Música:

Beatles

 

Um Ídolo:

Não tenho

 

Um prato:

Marisco

 

Um conceito:

Não me chateiem

 

 

publicado por Joaquim Gouveia às 10:38

09
Jan 19

Com o apoio do HOTEL DO SADO

 

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“A CRISE NÃO TEM SOLUÇÃO”

 

Jorge Santana é presidente da União Cultural Recreativa e Desportiva Praiense, presidente do Conselho Fiscal da Escola de Futebol Feminino de Setúbal e conselheiro municipal de desporto. Embora tenha nascido em Lisboa sente-se setubalense de corpo inteiro. Pensa que o mundo é cruel por via das desigualdades entre ricos e pobres e que a crise não tem solução. Para si foi o Homem quem criou Deus, que é uma ilusão, uma forma de dar esperança às pessoas. Não se arrepende daquilo que fez na vida e espera agora por algumas promessas. Gosta de ler Mia Couto, de ouvir José Afonso e de comer sardinha assada.

 

Como foi a sua infância?

Fui nascer em Lisboa mas considero-me setubalense. A minha infância foi passada na Bela Vista, que era muito diferente do bairro que é hoje. Só havia a rua principal que era a Estrada de Santas. Ao contrário dos meus amigos de infância penso que na época fui uma criança feliz, era das poucas que tinha sapatos para calçar. A minha mãe era cozinheira na taberna do Manel Leal. Fui criado sem pai mas tive uma infância muito boa para a época. Nunca me faltou nada. Andei na escola do Bairro Santos Nicolau e fui um excelente aluno. Naquele tempo também brincávamos muito. Jogávamos à bola na rua e tínhamos outras brincadeiras. No verão íamos para a praia de Vila Maria.

 

O primeiro amor…

Foi em Moçambique com uma rapariga filha de pais portugueses. Namorámos. Foi um amor que me marcou.

 

E o primeiro emprego…

Nas férias da escola como ajudante de canalizador. Ganhava 8 escudos por dia.

 

Como é a sua casa? Como a define?

É o meu porto de abrigo, uma casa muito simples e confortável.

 

O que pensa do Mundo?

O mundo é cruel porque enquanto houver desigualdades entre os muitos ricos e os muito pobres será sempre um mundo muito cruel. Acho que isto tem tendência para piorar. Estamos a ver o que se está a passar no Médio Oriente. Isto tinha que mudar de forma radical. Ainda bem que vivemos num cantinho que não é mau de todo.

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Humanamente nunca porque todos os dias estamos a aprender. Profissionalmente posso dizer que sou realizado porque faço o que gosto e trabalho por conta própria.

 

Como se resolve a crise?

A crise não tem solução porque enquanto houver as tais desigualdades não há volta a dar e só vai piorar.

 

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Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

O Homem criou Deus, que é uma ilusão. Foi a forma de dar esperança à imaginação das pessoas. Não vejo outro sentido.

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Se calhar mudaria algumas coisas no sentido de as melhorar. Não estou arrependido de nada daquilo que fiz até hoje.

 

Que faz no presente e que projetos para o futuro?

Sou presidente da União Cultural Recreativa e Desportiva Praiense, presidente do Conselho Fiscal da Escola de Futebol Feminino de Setúbal e conselheiro municipal de desporto. No futuro espero por algumas promessas e pretendo continuar de alguma forma a representar o movimento associativo.




CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino:

Pemba (Moçambique)

 

Um Livro:

E se Obama fosse africano (Mia Couto)

 

Uma Música:

Venham mais cinco (José Afonso)

 

Um Ídolo:

A minha mãe

 

Um prato:

Sardinha assada

 

Um conceito:

Gratidão

 

 

publicado por Joaquim Gouveia às 14:43

08
Jan 19

Com o paoio do HOTEL DO SADO

 

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“TEMOS QUE DISTRIBUIR A RIQUEZA PARA ACABAR COM A CRISE”

 

Joaquim Albino é presidente do Clube de Aeromodelismo de Setúbal. Nasceu em Angola, mas está desde há muito radicado em Setúbal. O seu pai era militar. Tem excelentes recordações de uma infância passada em África, com muita brincadeira e inocência. Começou a trabalhar na antiga Socel, com apenas 21 anos. Pensa que os jovens não terão mão para agarrar um mundo sem futuro. Para si a crise resolve-se iniciando um processo mundial de distribuição de riqueza eliminando a pobreza. Se pudesse voltar atrás no tempo acabaria o seu curso superior. Gostava de voltar a Angola, a sua música de eleição é “Feelings”, de Morris Albert e adora cozido á portuguesa.

 

Como foi a sua infância?

Nasci em Malange, Angola. O meu pai era militar. Tenho muito boas recordações da infância. Brincava nas ruas até tarde. Andávamos de bicicleta, fazíamos carros de cartão, jogávamos à bola e aos polícias e ladrões, entre outras brincadeiras. Na altura do cacimbo andavam uns carros pelas ruas que espalhavam um produto para eliminar os mosquitos. A rapaziada andava toda atrás dos carros porque o cheiro era muito agradável. Na escola fui um bom aluno, não tive dificuldades em aprender. As turmas eram mistas com negros e brancos sem diferenciação na mesma sala.

 

O primeiro amor…

Foi por uma rapariga que era filha de um casal de Cabinda e que se instalou em Malange. Eram nossos vizinhos. Aquilo acabou por não dar em nada.

 

E o primeiro emprego…

Foi na Portucel, antiga Socel, com 21anos. Era desenhador. Ganhava 12,600 escudos.

 

Como é a sua casa? Como a define?

É uma casa grande onde gosto de viver e que tem excelentes vistas para o Sado e para a Arrábida. O prédio tem muitos apartamentos mas a zona é tranquila. Gosto bastante de estar em casa.

 

O que pensa do Mundo?

Não vejo futuro. Acho que as novas gerações não têm mão para um futuro melhor. Estou muito pessimista. Há muita injustiça. Sofro bastante com os maus tratos aos animais.

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Profissionalmente sim. Humanamente ainda não porque me sinto impotente para concretizar todos os objetivos.

 

Como se resolve a crise?

Começando um mundo novo com distribuição da riqueza. Não devemos acabar com os ricos mas sim acabar com a pobreza. Só assim resolvemos o assunto.

 

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Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Acho que foi o Homem quem criou Deus. Não partilho de qualquer crença. Os católicos dizem que Deus veio para fazer bem ao mundo mas com tanta miséria e sofrimento será que ele existe?... Ou está distraído?...

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Possivelmente acabaria o meu curso superior. De resto não me arrependo de nada.

 

Que faz no presente e que projetos para o futuro?

Sou presidente do Clube de Aeromodelismo de Setúbal e trabalho na Visteon. No futuro pretendo manter a atividade associativa e aproveitar a reforma quando ela chegar.




CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino:

Angola

 

Um Livro:

Dicionário da língua portuguesa

 

Uma Música:

Feelings (Morris Albert)

 

Um Ídolo:

Não tenho

 

Um prato:

Cozido à portuguesa

 

Um conceito:

Um dia de cada vez

 

 

publicado por Joaquim Gouveia às 15:20

07
Jan 19

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"O MUNDO SOMOS TODOS NÓS"

 

A Dra. Leonor Freitas é empresária vinícola na casa Ermelinda Freitas. Teve uma infância feliz passada no campo com os usos e costumes de uma família que lhe deu os melhores ensinamentos para a vida. Para si o mundo somos todos nós e a crise resolve-se trabalhando, lutando e acreditando em nós próprios. Gostava de ter podido trabalhar com o seu pai. No futuro pretende continuar a trabalhar e a acreditar na equipa que faz a sua empresa. Tem vários ídolos e não dispensa uma galinha feita á moda da Dona Ermelinda.

 

Como foi a sua infância?

Uma infância feliz a correr entre as vinhas, brincando nas hortas pois isto era o exemplo que tinha dos adultos. Ainda hoje recordo as cearas que fazia e que davam batata, feijão, tomate. E

Enfim, era uma ocupação que me dava muito gozo tratar para depois ver os frutos. Mas tive uma família que me soube dar uma infância muito feliz.    O primeiro amor…

A minha mãe Dona Ermelinda

 

E o primeiro emprego…

Na Administração Regional de Saúde

   

Como é a sua casa? Como a define?

Uma casa acolhedora pela simplicidade, conforto e amor que a mesma envolve.

                                

O que pensa do mundo?

Todos nós somos o mundo e ele será aquilo que cada um de nós for capaz de contribuir para ele.

  

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Não tenho outra resposta que não um sim. Mas luto diariamente para continuar a que seja melhor.

 

Como se resolve a crise?

Trabalhando, lutando e acreditando em nós próprios. Eu luto diariamente para arredondar os espinhos que me vão surgindo, mas quando tudo está bem também tenho a humildade que sei que nada está ganho e é neste equilíbrio que faço a minha vida.

 

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Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Todos os nossos gestos em relação ao próximo fazem crer que estamos a criar um mundo melhor. Penso que o nosso deus reside em nós, no próximo e no respeito pela diferença.

              

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Teria vindo trabalhar mais cedo para a Casa Ermelinda Freitas, pois gostava de ter podido trabalhar em conjunto com o meu pai, Manuel João de Freitas.

 

Que faz no presente e que projetos para o futuro?

Continuar a trabalhar, continuar a acreditar, na equipa da Casa Ermelinda Freitas, na nova geração e o futuro a deus pertence.

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino

Douro

 

Um livro

“Mulheres Que Inspiram – Seis fatores para o sucesso”     

 

Uma música

Depende do momento

 

Um ídolo

Tenho vários ídolos que admiro   

 

Um prato

A galinha feita à moda de Dona Ermelinda

     

Um conceito

Estar bem comigo própria, estou bem com os outros.

 

 

publicado por Joaquim Gouveia às 16:50

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