Entrevistas de JoaQuim Gouveia

09
Out 13

 

 

“ACHO QUE NUNCA ESTAREI REALIZADO”

 

Álvaro Andrade é daqueles setubalenses que sente nuito orgulho na sua cidade e, por isso, canta-a. É membro do grupo de música popular setubalense “Os Massacotes” e quer continuar a entoar a cidade vida fora. É professor de restauração e bebidas e tem do mundo uma imagem de beleza alertando que devemos aproveitar a nossa passagem por ele. Viveu uma infância feliz nos tempos em que as brincadeiras eram outras e os amigos para toda a vida

 

Como foi a sua infância?

Foi muito feliz não só por ter nascido em Setúbal, mas também porque na altura a infância era vivida de outra maneira, com muitos amigos e muita brincadeira. Nasci na Rua Frei Agostinho da Cruz, perto do famoso Bar Caracol que, curiosamente abriu portas no dia do meu nascimento. Frequentei a escola primária dos Motoristas, na Praça do Bocage

 

O primeiro amor…

Foi ótimo. Aos 17 anos com a Helena Andrade, que é a minha mulher

E o primeiro emprego…

Com o meu pai no Mercado do Livramento. Tinhamos lá duas bancas de peixe. Ajudava-o e ganhava o que ele me queria dar

 

Como é a sua casa? Como a define?

Um espaço confortável e alegre onde gosto muito de estar. É a minha estabilidade. Tem uma decoração suave

 

O que pensa do mundo?

O mundo é um local bastante belo que devemos saber aproveitar nesta nossa passagem por ele. Hoje em dia as coisas estão diferentes e o mundo está muito global. As pessoas estão mais distantes, há menos humanismo

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Não. Acho que nunca estarei realizado. A busca é constante. A perfeição não existe, só o caminho

 

Como se resolve a crise?

Com trabalho e honestidade e isso deve partir de quem nos governa. Esse é o maior exemplo que eles nos devem dar para que o país seja melhor, mais honesto e solidário sem tantas clivagens

 

Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Foi o Homem quem criou Deus. Acredito muito no Homem. Poderá haver alguma coisa que nos dá alguns sinais mas cada um deve acreditar no que quer

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Se tivesse formação musical poderia ter seguido o caminho do canto e até do teatro, O meu pai cantava o fado e acho que herdei dele este gosto por cantar

 

Que faz no presente e que projectos para o futuro?

Sou professor na área da restauração e bebidas na Escola de Hotelaria de Setúbal. Para além disso sou membro do grupo de música popular setubalense “Os Massacotes”. No futuro gostava de ter muita saúde e continuar a cantar Setúbal

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino

Florença

 

Um livro

Jangada de pedra (José Saramago)

 

Uma música

Setúbal minha raínha (Manuel Carlos)

 

Um ídolo

O meu pai

 

Um prato

Ameijoas à ginja (já não se fazem...)

 

Um conceito

Felicidade

publicado por Joaquim Gouveia às 17:23

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