Entrevistas de JoaQuim Gouveia

17
Jul 14

 

Com o apoio: Hotel do Sado

  

“TODOS NÓS SOMOS UM NEURÓNIO DE DEUS”

 

Alberto Jorge Pereira é auditor de qualidade numa empresa da região. No entanto é um homem voltado para atividades lúdicas e culturais tão díspares como a pintura, a música e o cinema. É um autodidacta amador com profundos conhecimentos em cada uma das artes. Nasceu na zona da Tebaida e frequentou a Academia Luisa Tódi, em criança onde desenvolveu, também, aptidões na área da música. Para si o grande problema que assiste ao mundo é o próprio Homem e, como diz, o mundo não tem mesmo culpa disso. A crise resolve-se quando o Homem começar a olhar para dentro de si e encontrar soluções. Confessa que sentiu a presença de Deus, aquando do nascimento da sua filha.

 

Como foi a sua infância?

Sou de Setúbal, nasci na Tebaida em 1964. Tive uma infância feliz e normal. Frequentei a Academia Luísa Todi, até à 4ª classe. Fui filho único até aos 8 anos, por isso brincava muito sózinho com os meus carrinhos.

 

O primeiro amor…

Foi aos 13 anos. Andava nos escuteiros (Corpo Nacional de Escutas) e foi nessa altura que a conheci. Foi amor à primeira vista. Acho que chegámos a namorar. Hoje somos bons amigos.

 

E o primeiro emprego…

A dar aulas de música numa escola privada. O primeiro ordenado foram 4 contos.

 

Como é a sua casa? Como a define?

É o meu recanto, principalmente o meu sótão onde estão todas as coisas que gosto de fazer entre a pintura, a música e o cinema. É uma casa confortável com a cidade e o rio Sado, aos meus pés.

 

O que pensa do mundo?

O problema do mundo não é o mundo, é o Homem, e o mundo não tem culpa nenhuma.

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Acho que nunca podemos dizer que estamos realizados. Penso que até à nossa morte há sempre algo por fazer. Portanto nunca podemos estar totalmente realizados.

 

 

Como se resolve a crise?

A palavra crise vem da palavra grega crisis. Para nós esta palavra tem um sentido negativo mas na sua fonte ela tem um sentido diferente que revela tomadas de decisão para uma vida melhor. Sempre que há uma crise subentende-se uma mudança do pensamento, de atitude, seja do que for. Penso que para resolver a crise o Homem tem que começar a olhar para dentro de si e encontrar soluções, porque a crise é de valores morais que comprometem tudo o resto. O Homem não pode ser refém de si próprio.

 

Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Nada aconteceu nem acontece por acaso. Sou crente que uma força superior nos criou. Senti a presença de Deus, quando assisti ao nascimento da minha filha. Percebi que não era obra do acaso. Todos nós somos um neurónio de Deus.

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Mudaria algumas decisões. Tomava decisões diferentes. No entanto não há nada de demasiadamente importante que pudesse mudar.

 

Que faz no presente e que projectos para o futuro?

Sou auditor de qualidade no setor automóvel, pintor, músico e cineasta em termos de filme documental.

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino

Médio Oriente

 

Um livro

A boa terra (Perl Buck)

 

Uma música

George Gershiwn

 

Um ídolo

Não tenho

 

Um prato

Sardinhas Assadas

 

Um conceito

Como a vida é uma viagem mais de que prever os seus perigos, melhor será fazê-la

publicado por Joaquim Gouveia às 11:57

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