Com o apoio: "HOTEL DO SADO"
“ O MUNDO É UM LUGAR PERIGOSO PARA OS MAIS FRACOS”
O Dr. Catarino Costa é um homem bem conhecido na região. Desempenhou vários cargos politícos e tem intervindo de forma presente em vários setores da nossa comunidade. Nasceu em Cabrela, passou por Borba e veio morar para Setúbal, com tenra idade. Tem recordações da sua infância passada no bairro Salgado e de gostar imenso de jogar futebol embora, felizmente, como faz questão de frisar,não tenha chegado a profissional. Pensa que o mundo é fantástico mas ao mesmo tempo perigoso para os mais fracos. O seu ídolo foi José Águas, adora leitão à bairrada e quer, no futuro, participar nas atividades de cidadania
Como foi a sua infância?
Nasci em Cabrela, porque os meus pais, que eram professores, foram lá colocados para dar aulas no seu primeiro ano de carreira. Depois fomos morar para Borba, onde nasceu a minha irmã. Vim para Setúbal com 5 anos. Foi uma infância feliz. Morei no Bairro Salgado e convivi com a rapaziada com quem brinquei bastante naquela zona da cidade. Andei na antiga escola Conde Ferreira, onde fui sempre bom aluno. Tive uma grande paixão pelo futebol mas acabei por nunca ser profissional, felizmente.
O primeiro amor…
Não tenho uma memória muito presente dessa questão pelo menos da forma que ela é colocada. Talvez na infância, na escola, alguma brincadeira mais inocente e sem consequências.
E o primeiro emprego…
Na Sopragol, empresa de concentrado de tomate que ainda existe. Fui diretor administrativo e financeiro. Acho que ganhava 5 contos por mês.
Como é a sua casa? Como a define?
É grande, bonita e confortável. Fica na Quinta do Padre Nabeto. É onde me sinto bem. Tem uma decoração muito feminina, ao gosto da minha esposa.
O que pensa do mundo?
Penso que tem ainda muita injustiça e muitas desigualdades que precisam de ser corrigidas e Deus devia olhar bastante mais por isso. Gosto muito de viver e sou uma pessoa positiva e, portanto, adoro o mundo onde vivo embora reconheça que há muito a caminhar na direção da perfeição. O mundo é um lugar perigoso para os mais fracos, mas ao mesmo tempo é fantástico.
Sente-se realizado humana e profissionalmente?
Totalmente nunca nos sentimos realizados. Considero que atingi um grau elevado de satisfação nessas duas vertentes, muito especialmente porque procurei ser sempre eu e construir o meu futuro.
Como se resolve a crise?
Do meu ponto de vista não está disponível nenhum modelo teórico que aponte para a resolução rápida da maior parte dos problemas mais importantes. Todos temos que fazer o que for possível. As insuficiências para tomar medidas adequadas são muito grandes.
Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?
Penso que as duas coisas. É impossível conhecer a nossa realidade sem acharmos que há qualquer coisa de superior e sobrenatural que nos tenha feito chegar aqui. Mas a ideia de Deus é construída pelo cérebro humano na medida da consciência das suas limitações. O que o Homem não explica ou não resolve espera que Deus o faça.
Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?
Tenho ideia de que o que fiz foi sempre em função de um conhecimento que tinha na altura. Se tivesse possibilidade de prever o futuro possivelmente muitas opções teriam sido diferentes. Não estou nada arrependido do meu percurso de vida.
Que faz no presente e que projectos para o futuro?
Sou diretor da Parpública. No futuro pretendo fazer tudo aquilo que as minhas forças me permitirem, nomeadamente, participar mais ativamente nas atividades cidadãs.
CAIXA DAS PALAVRAS
Um destino
Paris
Um livro
Os Maias (Eça de Queirós)
Uma música
Beatles
Um ídolo
José Àguas (Benfica)
Um prato
Leitão à bairrada
Um conceito
Solidariedade