Entrevistas de JoaQuim Gouveia

05
Mar 14

 

 “TER SORTE DÁ MUITO TRABALHO”

 

O Dr. José Araújo tem à sua responsabilidade a tarefa de recolocar o jornal “O Setubalense”, na vida da cidade e da região, tarefa árdua mas que diz aceitar com responsabilidade- Teve uma infância dificil com a morte da mãe aos 6 anos e a do pai um pouco mais tarde. Aproveitou ao máximo os estudos e formou-se em áreas de que gosta particularmente. Pensa que o mundo podia ser mais solidário e que a crise se resolve controlando o sistema financeiro. É católico e praticante nos valores e não na organização. Diz que o Homem precisa de uma referência que é Deus. Não se arrepende de nada do que fez na vida e quer contribuir para o bem estar da cidade que aprendeu a gostar

 

 

Como foi a sua infância?

Nasci no Lavradio, Barreiro e tive uma infância difícil porque a minha mãe faleceu quando eu tinha apenas 6 anos de idade e depois faleceu o meu pai quando eu já tinha 16 anos. Fui viver com os meus avós e depois vim para Setúbal, para casa dos meus tios. Foram experiências que me deram capacidade para lidar com a frustração e a perda. Apesar destes percalços acabei por teu uma infância feliz, com amigos, amado pela família e fazendo o que nos dá prazer. Investi na minha educação aproveitando ao máximo a escola.

 

O primeiro amor…

Foi uma amor de verão, no Algarve, com uma miuda muito gira. Mas não passou disso mesmo, um amor de verão.

 

E o primeiro emprego…

No jornal “O setubalense”, substituíndo, nas férias, a responsável administrativa para, depois, garantir as minhas próprias férias. Não me recordo quanto ganhava na altura.

 

Como é a sua casa? Como a define?

É uma casa virada para a família, principalmente olhando para os meus 3 filhos.

 

O que pensa do mundo?

É um lugar bom para se viver mas podia ser mais solidário. O mundo dá-nos oportunidades mas nós devemos estar em condições para as poder aproveitar. E é a isso que eu chamo de sorte. Ter sorte dá muito trabalho.

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Sim, posso considerar que do ponto de vista profissional atingi os patamares a que me propus. No entanto procuro sempre novos desafios. Pessoalmente, tenho 3 filhos de que muito me orgulho e que tenho acompanhado desde o seus primeiros segundos de vida e espero continuar a proporcionar –lhes os valores, os princípios e os meios para que possam ser pessoas corretas e de sucesso.

 

Como se resolve a crise?

Controlando o sistema financeiro. Evitando sobreendividamentos, taxas usurárias, apoiando iniciativas criadoras de valor e sucesso e educar para os valores e não para o mercado de trabalho.

 

 

Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Como sou católico praticante nos valores, não na organização, acredito que há uma força superior a nós. Não sei se é Deus. Até poderá ser a própria natureza. O Homem precisa de uma referência.

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Não me arrependo de nada do que fiz. Tudo foi feito na convicção de que seria o melhor dadas as circunstâncias de cada momento. Mas se pudesse voltar a trás faria outras coisas que não fiz.

 

Que faz no presente e que projectos para o futuro?

No presente tenho o grande desafio de recolocar o jornal “O Setubalense”, na vida da cidade e da região e contribuir para a melhoria das condições económicas e sociais de Setúbal. Sou ainda formador nas áreas da contabilidade, fiscalidade e gestão financeira. No futuro pretendo ser cada vez melhor naquilo a que me proponho sejam quais forem os desafios.

 

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino

Trópicos

 

Um livro

Anjos e demónios (Dan Brown)

 

Uma música

U2

 

Um ídolo

A minha tia

 

Um prato

Francesinhas

 

Um conceito

Lealdade

publicado por Joaquim Gouveia às 09:33

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