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“OS REFUGIADOS FAZEM DESPERTAR UM NOVO PENSAMENTO”
Fernando carvalho é presidente do Clube Ateneu Setubalense. É natural de Setúbal, do bairro Trindade, onde cresceu e brincou sobretudo em jogos de futebol. Foi aluno fundador da Academia Luisa Tódi. Sobre o mundo pensa que as questões dos refugiados e do clima geram um novo pensamento global. Acredita que se vive num clima de paz podre. Se pudesse voltar atrás acabaria o seu curso de economia. Gosta de livros de Heinz Konsalik, o seu pai é o seu ídolo e não dispensa um bom bacalhau à Brás.
Como foi a sua infância?
Sou natural de Setúbal, do bairro Trindade, onde vivi até casar. O meu pai tinha um armazém de cereais e legumes. A minha mãe era doméstica. Fui um dos alunos fundadores da Academia Luísa Todi, onde passei tempos muito felizes. Fui um bom aluno. Aprendi a tocar piano. A brincadeira era jogar futebol que me estava na massa do sangue.
O primeiro amor…
Creio que foi pela minha mulher. Começámos a namorar muito jovens, com 14 anos e até hoje.
E o primeiro emprego…
No Vitória de Setúbal, quando assinei o meu primeiro contrato de profissional de futebol na época 75/76, já como sénior. Ganhava 6 contos por mês e tinha o incentivo de ao fim de 10 jogos passar para 10 contos o que aconteceu passado pouco tempo.
Como é a sua casa? Como a define?
Mudei recentemente de casa e estamos bastante felizes. Parece ser a casa que sempre procurámos. É muito acolhedora, num prédio antigo e numa zona agradável.
O que pensa do Mundo?
O problema dos refugiados começou a despertar um novo pensamento. Por outro lado a questão do clima faz as pessoas pensarem no que têm que fazer para mudar obrigatoriamente. A guerra é preocupante. Parece que andamos num clima de paz podre. O presidente dos Estados Unidos não gere simpatia e pensa que o mundo gira à sua volta.
Sente-se realizado humana e profissionalmente?
Sim. Fui uma pessoa criada com princípios. Os tempos eram outros mas os meus pais transmitiram-me os valores e os princípios necessários. Profissionalmente também me sinto realizado, não tanto a nível desportivo, mas sim depois na banca.
Como se resolve a crise?
Se houvesse mais igualdade entre as pessoas e diminuindo a pobreza. Se não resolvesse pelo menos atenuava.
Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?
Sou católico não praticante. De quando em vez vou à igreja. Para mim foi Deus, quem criou o Homem.
Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?
Alguma coisa era capaz de mudar. Teria, claramente, concluído o meu curso de economia.
Que faz no presente e que projetos para o futuro?
Sou presidente do Clube Ateneu Setubalense e estou reformado. Tenho dois objetivos para continuar a cumprir que têm a ver com a afirmação dos nossos filhos e o crescimento das minhas netas.
CAIXA DAS PALAVRAS
Um destino:
Bora bora
Um Livro:
Livros de Heinz Konsalik
Uma Música:
Musica no coração
Um Ídolo:
O meu pai
Um prato:
Bacalhau à Brás
Um conceito:
Respeito pelos outros