Entrevistas de JoaQuim Gouveia

29
Set 14

 

Com o apoio HOTEL DO SADO

 

“SOU UM HOMEM DE SONHOS, EMOÇÕES E PAIXÕES”

 

O arquiteto Jorge Santana da Silva é figura bem conhecida na nossa cidade. Já foi presidente do Vitória de Setúbal e esse cargo conferiu-lhe popularidade a par com o de vereador que exerceu no mandato anterior no executivo camarário. É filho de Setúbal, nascido por cima da Tabacaria Loureiro, na mesma cama onde o pai nascera. É um homem de sonhos, emoções e paixões e não gosta de abordar o lado negativo da vida e do mundo. Adora a natureza e o seu trabalho como projetista de campos de golf. Acredita que Deus está entre as três piores coisas que o Homem inventou. Che Guevara é o seu ídolo e sente-se um homem livre.

 

Como foi a sua infância?

Nasci na Avenida 5 de Outubro, por cima da tabacaria Loureiro, na cama onde também nasceu o meu pai. A minha tia-avó Carolina, era a parteira da cidade, a maioria dos partos eram feitos em casa naquela época. Não tive uma infância muito feliz. As minhas recordações até aos 10 anos não são muito boas. Vivi e cresci com a minha avó no bairro Salgado. O meu pai, o Luís do Notário era uma pessoa muito conhecida na cidade e a minha mãe era professora do ensino primário. Como estava colocada na escola de Aldeia Grande foi lá que fiz a primeira e a segunda classe, na sala dela. Depois fui para a Academia Luísa Tódi.

 

O primeiro amor...

Aconteceu durante umas férias no Luso. Deveria ter 15 anos. Ela era uma rapariga de Aveiro, a Clara Leite Ferreira. Os pais tinham uma casa na serra do Buçaco. Foi uma paixão que ainda durou algum tempo.

 

O primeiro emprego...

Na Junta Autónoma de Estradas, a contar carros nas estradas. Não me recordo de quanto ganhava.

 

Como é a sua casa? Como a define?

É grande demais. Uma casa que projetei, num sítio que escolhi (Golf do Montado) e no melhor lote. Sinto-me muito bem em casa. Tem muita relva e uma frente que liga ao campo de golf. Tem, ainda, um lago mesmo em frente. A base da arquitetura é tradicional mas com um toque contemporâneo. Tem, também, uma piscina. É uma casa muito espaçosa.

 

O que pensa do mundo?

Sou um homem de sonhos, emoções e paixões, acredito que a vida é comandada por nós numa pequena parte mas, é bom que, também, nos deixemos comandar por ela. Este é o meu mundo. O mundo, no geral, tem coisas que me fascinam. Sou, também um homem da natureza. Não quero entrar pela parte negativa da questão. Sou sensível ao que é belo, particularmente, as belezas naturais.

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Profissionalmente, sem dúvida. Sei que posso, ainda, fazer mais mas o que fiz basta-me para me sentir realizado. Como homem ainda não cheguei a atingir a tranquilidade que penso ser necessária para um dia partir em paz.

 

 

Como se resolve a crise?

Se soubesse como resolvê-la candidatava-me a primeiro-ministro. As crises são oportunidades mas enquanto as pessoas que comandam o nosso país não perceberem que o bem comum é mais importante que as suas barrigas e a loucura do dinheiro, vai ser muito difícil resolver a crise. Só podemos estar bem quando todos estivermos bem.

 

Deus criou o homem, ou foi o homem que criou Deus?

O ser humano inventou muita coisa mas as suas três piores invenções são o trabalho obrigatório, o dinheiro e Deus. Tenho uma base católica mas não sou crente nos deuses em que a maioria dos Homens acredita.

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Todos nós mudaríamos alguma coisa mas, sendo que atualmente sou fruto de tudo o que me aconteceu na vida e sei que seria uma pessoa diferente se me tivessem acontecido coisas diferentes. Acho que sou bom homem sabendo que poderia ser muito melhor.

 

O que faz no presente e que projetos tem para o futuro?

Sou arquiteto de campos de golf. Pretendo continuar a minha atividade e mantenho a minha disponibilidade para as solicitações que os sonhos e as paixões me trazem.

 

CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino

Nova Zelândia

 

Livro

Dança de espadas (José Luís Neto)

 

Uma música

Construção (Chico Buarque)

 

Um ídolo

Che Guevara

 

Um prato

Salmonetes de Setúbal

 

Um conceito

Ser livre

 

publicado por Joaquim Gouveia às 10:35

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