Entrevistas de JoaQuim Gouveia

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Com o apoio do HOTEL DO SADO

 

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"APRENDI MUITO NO MOVIMENTO ASSOCIATIVO"

 

Nuno Guerreiro Soares é presidente da Associação das Coletividades do Concelho de Setúbal, presidente da Associação de Acordeonistas de Portugal e vice-presidente do GD “Os Amarelos”, para além de acordeonista. A sua infância foi marcada pelo desaparecimento do seu pai em plena pesca de lazer, no Cabo Espichel. Tem recordações da escola, da sua professora e das brincadeiras. Foi militar durante seis anos. Pensa que deveria existir uma maior redistribuição de bens entre todos e o entendimento ente os Estados, para acabar injustiças e guerras desnecessárias. Gostava de visitar uma fábrica de acordéons em Itália.

 

Como foi a sua infância?

Sou natural de Setúbal, mas a minha família é oriunda do concelho de Odemira. A minha infância foi marcada pelo desaparecimento do meu pai no Cabo Espichel, quando ali se deslocou para ir à pesca num momento de lazer. Eu tinha apenas 3 anos de idade e não tenho recordações dele. Morávamos no bairro Santos Nicolau, perto das Janelas Verdes. Andei na escola primária das Areias, até à 4ª classe. Lembro-me da professora Teresa Malta Vacas e do seu “carocha” branco. Recordo-me de jogar ao pião, ao espeta, de jogar à bola e de andar nas barreiras do bairro.

 

O primeiro amor…

Foi pela minha mulher.

 

E o primeiro emprego…

Fui militar entre 1993 e 1999. Era cabo adjunto. Devia ganhar perto dos 600 euros.

 

Como é a sua casa? Como a define?

É uma casa tranquila de um extrato social médio. Foi assim que aprendi a viver com a minha família. É uma casa acolhedora e humilde. Tal como a da minha mãe, a minha casa também é o meu porto de abrigo.

 

O que pensa do Mundo?

Penso que deveria existir mais laços de amizade entre as pessoas para evitar conflitos desnecessários. De certa forma este é, também, um mundo injusto. Agora temos o problema dos refugiados, do México e dos Estados Unidos. Deveria existir mais entendimento entre os Estados.

 

Sente-se realizado humana e profissionalmente?

Sim. Tenho feito um percurso dentro das minhas expetativas. Aprendi muito no movimento associativo, nomeadamente, entre a família do Grupo Desportivo “Os Amarelo” e com a experiência de vida das gentes do mar.

 

Como se resolve a crise?

Se houvesse redistribuição dos bens e do poder económico por todas as classes. Mais trabalho, mais estudos para a formação das pessoas e mais educação e cultura.

 

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Deus criou o Homem, ou foi o Homem quem criou Deus?

Sou um homem de muita fé. Acredito que há algo superior que nos comanda. Acredito em Deus e respeito as outras religiões. Não sou católico praticante mas tenho a minha fé.

 

Se pudesse voltar atrás o que mudaria na sua vida?

Talvez alguns caminhos. Com a aprendizagem de vida teria alterado algumas posições que tomei ao longo da vida.

 

Que faz no presente e que projetos para o futuro?

Sou presidente da Associação das Coletividades do Concelho de Setúbal, presidente da Associação de Acordeonistas de Portugal e vice-presidente do GD “Os Amarelos”. Trabalho no Arquivo Municipal da câmara de Setúbal. No futuro pretendo continuar a trabalhar em prol do movimento associativo.




CAIXA DAS PALAVRAS

 

Um destino:

Vercelli (Itália)

 

Um Livro:

O nome da rosa (Umberto Eco)

 

Uma Música:

A minha vida, meu sonho (Eugénia Lima)

 

Um Ídolo:

Nelson Mandela

 

Um prato:

Sardinhas assadas

 

Um conceito:

Amigo do meu amigo

 

 

 

publicado por Joaquim Gouveia às 09:45

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